Coreografia da burocracia: implicações políticas nos processos criativos em dança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Monteiro, Fábio Luís Oliveira
Orientador(a): Moura, Gilsamara
Banca de defesa: Matos, Lúcia Helena Alfredi de, Botelho, Isaura
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Dança
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Dança
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20079
Resumo: Este estudo reflete sobre o trânsito entre gestão cultural, políticas públicas e criação artística. O objetivo é refletir sobre as implicações dos editais, enquanto instrumento de aplicação de uma política cultural, nos processos criativos em dança. Será observada, para tanto, a gestão da Secretaria de Cultura da Bahia, no período de 2007 a 2010. Este período marcou o fortalecimento dos editais como mecanismos de distribuição dos recursos públicos para a cultura. Para tanto, avançaremos no entendimento de cultura e suas dimensões através de reflexões propostas por Raymond Williams, José Joaquín Brunner e Isaura Botelho. Após apresentado o arcabouço teórico inicial, será apresentado um panorama da evolução das políticas públicas para a cultura no Brasil, para logo em seguida aprofundar no contexto da Bahia. Para o desenvolvimento desta argumentação foram ouvidos artistas que realizaram processos criativos sem a subvenção através de editais e com a subvenção através de editais. Fazem parte desta discussão autores como Michael Foucault, Eneida Leal Cunha, Helena Katz, Gisele Nussbaumer, Rosa Hércoles, Lúcia Matos, Peter Pál Perbart, Jussara Setenta e Albino Rubim. A partir desses autores, analisarei duas obras de dança: “A Projetista”, de Dudude Herrmann, e “Edital”, de minha autoria. Ambos os trabalhos trazem a burocracia como matéria de criação. Defendo que é necessária a atenção e contínua observação na implementação dessas políticas públicas, a fim de evitar impactos danosos à criação artística.