Caminhando no chão da metrópole Manaus: a Geografia dos surdos
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10221 |
Resumo: | O espaço urbano proporciona o conhecimento das diversas manifestações da sociedade materializado em seus objetos geográficos como as ruas, avenidas, edificações e praças, permitindo uma melhor compreensão do processo que, ao longo do tempo, foi responsável por sua configuração. Assim, a partir da identificação que os surdos têm da cidade em que vivem, suas experiências com o espaço urbano e a importância dos monumentos históricos, como prédios, praças e igrejas para eles. Não se pode focalizar o sentido que os surdos não possuem, que é o da audição e sim os outros sentidos como o da visão que materializa o espaço habitado. O objetivo principal desta pesquisa é compreender a relação dos surdos com a cidade e seus monumentos históricos, como prédios, praças e igrejas, e utilizar esses insights para desenvolver materiais didáticos adaptados, em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), focados no ensino de Geografia Urbana. Para alcançar este objetivo, o estudo propõe três roteiros geográficos na área central de Manaus, destacando edifícios, praças e monumentos que representam o patrimônio histórico e cultural. Os objetivos específicos incluem identificar os surdos como agentes ativos nas relações socioespaciais; diferenciar entre metrópoles excludentes e inclusivas; e elaborar materiais didáticos em LIBRAS que reconheçam e valorizem o patrimônio histórico-cultural local. A metodologia adotada envolve uma revisão bibliográfica sobre urbanismo, acessibilidade cotidiana e a construção de um espaço urbano inclusivo, seguida pela seleção e análise de roteiros que serão posteriormente traduzidos para LIBRAS. Esses roteiros são apresentados aos alunos surdos, com ajustes feitos para garantir a compreensão e integrar sinais específicos de LIBRAS que descrevem cada local. O estudo também prevê visitas guiadas com os alunos surdos, adaptando os roteiros ao formato de aulas de campo. Esta pesquisa destaca a importância da experiência visual para os surdos, considerando a língua de sinais como parte integral dessa experiência. A proposta não se limita à adaptação linguística; ela visa reconstruir a percepção do espaço urbano para os surdos, promovendo um ensino de Geografia que respeite suas peculiaridades e promova um conhecimento crítico do espaço habitado. O foco no sujeito surdo e na valorização de suas experiências sensoriais distintas é crucial para entender sua identidade e interação com o espaço urbano, objetivando uma inclusão mais significativa no contexto educacional e social. |