Difusão espacial do Sars-CoV-2 (novo coronavírus) no município de Niterói – RJ.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rodrigues, Marcelle dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19276
Resumo: No final do ano de 2019, a partir do surgimento do novo coronavírus na capital de Wuhan, província Chinesa de Hubei, houve, em pouco tempo, sua rápida disseminação em todos os continentes, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a decretar situação de pandemia em 11 de março de 2020. Nesse contexto, um esforço global se desenvolveu para o combate à COVID-19, envolvendo a promulgação de legislações e atos administrativos em caráter emergencial: isolamento social, fechamento de fronteiras e vacinação em massa. No âmbito da Geografia, emerge a necessidade de estudos que revelem as dinâmicas espaciais de difusão do novo vírus, identificando aquelas estruturas territoriais que favoreceram (ou não) sua disseminação, servindo inclusive como conhecimento útil para o enfrentamento de outras doenças para as quais, em muitos casos, não há controle clínico. Nessa perspectiva, o município de Niterói, localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, foi escolhido como área de estudo para compreender como ocorreu a difusão espacial do Sars-CoV-2. A primeira fase da pesquisa foi orientada para a compreensão da série temporal de notificações de casos confirmados e óbitos no município durante o período de janeiro de 2020 a março de 2022, com isso optou-se pela aplicação do teste de Pettitt para identificação de rupturas e mudanças de tendência na série, que, ao serem confrontados com os dados de distribuição de variantes da SARS-CoV-2 e vacinação da população, revelou que ambos impactaram na tendência de casos confirmados, sobretudo, de óbitos, explicado pela menor letalidade da variante Delta e imunização induzida pela vacinação da população mais vulnerável do município. A partir da etapa anterior foi possível individualizar a primeira fase de difusão do vírus entre janeiro de 2020 a julho de 2021 que serviu de base para a próxima fase do estudo. Na segunda etapa, a ênfase foi para a dinâmica de difusão espacial do vírus entre o recorte estipulado pelo teste de Pettitt, tomando a semana epidemiológica como unidade temporal de análise e o bairro como unidade espacial. A partir da elaboração de mapas coropléticos e da aplicação das técnicas de kernel e cluster (Moram e LisaMap) considerando a Semana Epidemiolígica de ocorrência do primeiro caso e do 50º caso, bem como a taxa de incidência, foi posssível revelar a dinâmica temporo-espacial de infecções confirmadas para a área de estudo, expressando um modelo de difusão a partir do centro urbano para a periferia do município. De forma adicional, ao incorporar o mapeamento da infraestrutura territorial e dos dados censitários, foi possível identificar a importância dos eixos de transportes como indutores da difusão do vírus, bem como para o caso de Niterói, provavelmente devido a elevada taxa de cobertura do sistema de saneamento e a política de enfrentamento da pandemia pelo município, e a receptividade dos domicílios (dimensão da vulnerabilidade à COVID-19) pouco explicou a difusão da SARS-CoV-2.