Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Maria Clara da Cruz |
Orientador(a): |
Silbiger, Vivian Nogueira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51180
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Resumo: |
A COVID-19 é uma doença causada pelo SARS-CoV-2, um novo coronavírus identificado pela primeira vez em Wuhan (China) e se espalhou rapidamente em todo o mundo, que afeta o sistema imunológico causando uma inflamação exacerbada. As infecções virais podem levar a depleção dos níveis de algumas vitaminas, como as vitaminas A e E, e níveis de nutrientes inadequados podem ser prejudiciais à saúde. O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre a COVID-19 e os níveis séricos dessas vitaminas. Foram realizados dois trabalhos: uma revisão sistemática e um estudo experimental. A revisão sistemática foi realizada de acordo com a declaração do PRISMA, utilizando três bases de dados diferentes. Os dados dos artigos foram coletados e analisados por dois pesquisadores independentes. A qualidade dos estudos in vivo também foi avaliada. Foram identificados 4.572 artigos, dos quais 10 preencheram os critérios de inclusão. Três deles estavam relacionados com vitamina A, dois com vitamina E e cinco relacionando ambas as vitaminas à COVID-19. O estudo de caso controle foi realizado entre maio e outubro de 2020. Os dados clínicos foram coletados por entrevistas presenciais ou por contato telefônico e pelo acesso aos prontuários dos pacientes hospitalizados com COVID-19. O grupo controle veio do banco de dados de um estudo anterior do nosso grupo de pesquisa, recrutados de um hospital universitário da cidade de Natal/RN - Brasil, cuja coleta de dados foi realizada antes de 2019 (antes da pandemia) e os participantes nunca receberam diagnóstico de COVID-19. Desta forma, os participantes foram alocados em dois grupos de acordo com a gravidade da doença, classificados em leves (n = 88) ou críticos (n = 106) e um grupo controle (n = 46). Como resultados deste estudo, pacientes com COVID-19 apresentaram redução das concentrações de vitamina A e E, sendo abaixo ou próximo dos valores de referência para deficiência. Nossos achados sugerem que pacientes com COVID-19 leve e crítico apresentam níveis reduzidos de retinol em comparação com controles saudáveis (p = 0,03), podendo variar de acordo com a gravidade. Além disso, casos mais leves de COVID-19 foram associados a sintomas aumentados e sintomas prolongados após 90 dias, desde o início da infecção. No entanto, a análise de sobrevida não mostrou associação entre maiores casos de óbitos entre pacientes com deficiência de vitamina A (p = 0,509). Mais estudos são necessários para entender como o estado nutricional, incluindo os níveis de vitamina A, podem influenciar na síndrome de COVID longa. |