Corp(O)ralidade no dançar afro e seus impactos para a população negra: desafios e lutos de um pesquisador na pandemia
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21942 |
Resumo: | Esta pesquisa origina-se da experiência na oficina de dança afro do COART da UERJ, no período de março a dezembro de 2019, e nas aulas de dança online da dançarina Eliete Miranda, de abril de 2020 a junho de 2021. Na busca de conhecimentos histórico, cultural e ancestral do povo negro, acompanhamos (e vivemos) na pesquisa como a dança afro e sua oralidade presente cria a ressignificação da negritude, sendo uma via potente de conhecimento e empoderamento da população negra. Caminhamos com a Teoria Ator-rede (TAR) como referencial teórico-metodológico possibilitando-nos a prática do pesquisarCOM de Marcia Moraes, onde o psicólogo/a enquanto pesquisador/a permite-se afetar pelo campo, sem objetificá-lo ou colocar-se como único detentor do saber, com o entendimento de Escrevivência proposto por Conceição Evaristo e com a filosofia Ubuntu. Contamos com três conceitos que fundamentam nossa proposição: Remembrar, Rememorar e Corp(O)ralidade. Remembrar está ligado ao corpo, o dançar como um potente local de reintegração de corpos desmembrados. A partir do remembrar a negritude como grupo, podemos refletir juntamente com a filosofia Ubuntu a ideia do Remembrar. O Rememorar aponta para nossa ancestralidade, nos faz percorrer nossas histórias de vida na busca de se conectar ao passado para ressignificar o presente. A Corp(O)ralidade surge enquanto diálogos do corpo e da prática da oralidade, enquanto via de construção de corpos possíveis dentro do cenário da pandemia e da dança remota. Durante o percurso, o trabalho traz os lutos, perdas e atravessamentos gerados pela Covid-19 na pesquisa, visto que ela foi pensada de modo exclusivamente presencial e precisou de adaptações e reconfigurações para acontecer nessa realidade de isolamento social. Este trabalho está em curso e visa abrir caminhos para dialogar e refletir acerca da negritude. Com essa pesquisa, podemos acompanhar como a Corp(O)ralidade pode ser absorvida como instrumento clínico na proposta de uma clínica, afrocentrada para a população negra. |