Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Custodio, Lourival Aguiar Teixeira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-18102024-113625/
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Resumo: |
Esta tese estuda a formação de espaços racializados do bairro de Pogolotti, localizado na periferia de Havana, de maneira a demonstrar como a criação de identidades e estigmas são afetados por uma marcação racial, que molda a forma como determinados lugares recebem um estigma positivo ou negativo. Apesar de Pogolotti ser visto como um lugar marginal, perigoso e indesejável pelos moradores de outras regiões da cidade, ao mesmo tempo ele é reconhecido pela sua importância cultural e histórica e é muito valorizado pelos seus moradores, que manifestam um sentimento de orgulho em relação a ele. Para discutir as experiências urbanas na interação entre as relações raciais e a produção da identidade afro-cubana, o estudo utiliza as categorias de topofobia e topofilia, criadas pelo geógrafo Yi-Fu Tuan, para indicar como pode existir uma transferência de estigmas raciais para um determinado território e que, simultaneamente, também existe uma transferência do estigma do bairro para seus moradores, sendo estas pessoas racializadas ou não. A dinâmica de criação desses espaços mobiliza categorias como identidade e nacionalidade de maneira a possibilitar um olhar mais amplo sobre a concepção de racialidade e negritude. A metodologia utilizada foi a observação participante, entrevistas semi-estruturadas e conversas informais com membros da comunidade e de moradores de outras regiões da cidade. Partindo de como pressupostos raciais contribuem para a estigmatização do bairro e de como seus moradores mobilizam os mesmos pressupostos para dar um significado positivo ao local, questiono o entendimento de raça como uma categoria estanque, ampliando o papel da racialidade como elemento de construção de identidades, que atuam para romper com as fronteiras de raça e espaço |