Violência íntima: experiências de mulheres na atenção primária à saúde no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Esperandio, Evelin Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família, Mestrado Profissional em Rede Nacional (PROFSAÚDE)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20685
Resumo: A Violência Íntima (VI) é um fenômeno altamente prevalente e um grande desafio para profissionais que trabalham na Atenção Primária à Saúde (APS). Muito se tem avançado em pesquisas, porém ainda parece haver pouco resultado na melhoria do cuidado longitudinal. Estudos tem mostrado a perspectiva dos profissionais, porém pouco se encontra na literatura sobre a voz destas mulheres. Compreender a experiência das mulheres em situação de violência íntima no contexto do cuidado ofertado pelos serviços de saúde da família (ESF) de Atenção Primária do Rio de Janeiro. Trata-se de estudo qualitativo transversal em Clínicas da Família. Frequentou-se a sala de espera das unidades, aplicando o questionário Conflict Tactic Scales 2 em local reservado. Identificou-se 21 mulheres positivas para qualquer tipo de violência, dando seguimento a uma entrevista semiestruturada, com questões sobre a revelação da violência vivida para as equipes e sugestões para profissionais de saúde. Para interpretação, utilizou-se o método hermenêutico-dialético. Realizou-se, também, revisão integrativa sobre VI no cenário da APS, buscando sistematizar os estudos dos últimos 10 anos para corroborar com a discussão dos achados da pesquisa de campo. Emergiram do encontro dos fatos empíricos com a teoria 03 categorias que representam a trajetória das mulheres: sentimentos sobre contar ou não o que aconteceu para a equipe de saúde; análise de desafios da ESF para a revelação e o acompanhamento das situações; e sugestões trazidas pelas mulheres para abordagens criativas pela ESF para o enfrentamento da VI. Quanto à revisão integrativa, discutiu-se o uso das terminologias e a presença de estudos que reforçam a descrição dos fatores de risco do modelo ecológico através de estudos de magnitude, prevalência e consequências na saúde. Observou-se ausência de artigos que aprofundem a compreensão dos fatores protetivos e de resiliência. Traduziu-se desafios para o cuidado ofertado nos serviços de APS, trazendo conselhos das mulheres para mudanças na abordagem da VI. Vislumbrou-se a falta de estudos que trabalhem os fatores protetivos das mulheres no âmbito da APS. Sugere-se a realização de estudos de seguimento e intervenção, focados em promover fatores de suporte e proteção, com vistas ao aumento da resiliência individual e coletiva.