Impacto do transtorno depressivo maior no perfil fenotípico e funcional das células T CD4+ em pacientes com asma e rinite alérgica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oyamada, Hugo Akirito de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22586
Resumo: O transtorno depressivo maior (TDM) pode impactar na gravidade da rinite alérgica (RA) e da asma (AA), duas condições relacionadas à expansão de células T CD4+ efetoras alérgeno-específicas associadas a dano nos mecanismos de regulação imune. Os mecanismos celulares por trás dessa relação adversa não são conhecidos, mas deve envolver desequilíbrio na rede de citocinas e prejuízo na produção de serotonina (5-HT), um neurotransmissor capaz de modular a função das células T. O objetivo do presente estudo foi avaliar, in vitro, a produção de citocinas por células T de pacientes com RA e AA com ou sem TDM. O efeito da serotonina na resposta das células T também foi analisado. Para tanto, culturas de células mononucleares do sangue periférico foram ativadas com forbol 12-miristato 13-acetato (PMA) mais ionomicina, por 4 horas, ou com esferas magnéticas recobertas com anticorpos anti-CD3 e anti-CD28 por 72 horas. Os níveis de citocinas foram avaliados por Luminex e citometria de fluxo. A proliferação celular foi determinada pela captação de [3H] timidina. Em algumas culturas de células, a serotonina foi adicionada. Nossos resultados demonstraram que, apesar da ausência de diferença significativa na proliferação das células T, a ocorrência de TDM amplificou não apenas a produção de citocinas relacionadas aos fenótipos Th2 e Th17, mas também os níveis de IL-5 e IL-17 foram diretamente correlacionados com a gravidade dos sintomas de depressão e ansiedade. Em comparação com RA, os níveis de IL-17 foram maiores e a liberação de IL-10 foi menor em culturas de células T de pacientes com AA, principalmente aqueles com TDM. Em pacientes com AA/TDM, a gravidade dos sintomas de ansiedade e da doença pulmonar foi diretamente correlacionada com a frequência de células T CD4+ relacionada ao fenótipo Th17 e às células Th2/Th17 híbridas, mas inversamente correlacionada com células T CD4+IL-10+. Finalmente, a adição de serotonina reduziu a produção de citocinas relacionadas aos fenótipos Th2 e Th17 e elevou a secreção de IL-10 em culturas celulares de pacientes com RA e AA. Apesar de preliminares, nossos achados sugerem que não apenas a ocorrência de TDM, mas também a gravidade dos sintomas de ansiedade, pode afetar adversamente o desfecho das reações alérgicas por favorecer a produção de citocinas implicadas na patogênese da RA e AA, fenômeno que foi atenuado pela serotonina