Efeito da interação entre a personalidade e os sintomas depressivos sobre o tratamento farmacológico de mulheres em episódio depressivo maior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Rafael Rodrigues
Orientador(a): Capp, Edison
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/218974
Resumo: Introdução: A interação entre traços de personalidade e sintomas depressivos é complexa e pouco estudada. Métodos: Analisamos como essa interação afeta o curso e o prognóstico do tratamento de 54 mulheres em episódio depressivo maior por 6 meses (M = 5,03), correlacionando PID-5 com a HAM-D17 e intercorrências (ideação suicida, sintomas psicóticos, abandono de tratamento e ausência de remissão). Resultados: Regressão linear revelou que os domínios Psicoticismo e Distanciamento são preditores de uma maior pontuação na HAM-D17 após o tratamento farmacológico ([R2 = 0,241; P <0,05], [R2 = 0,133 P <0,05]). Os modelos de regressão logística foram preditivos, utilizando o domínio psicoticismo para ideação suicida [R2 = 0,106, p <0,05] e desenvolvimento de sintomas psicóticos [R2 = 0,147; p <0,05; ]). Distanciamento para ideação suicida [R2 = 0,181; p <0,05; ]) e desenvolvimento de psicose [R2 = 0,115; p <0,05]. Afetividade negativa para sintomas psicóticos [R2 = 0,133]. O domínio Antagonismo foi preditivo para o abandono do tratamento [R2 = 0,129; p <0,05]. Dos 25 traços, 11 estavam relacionados a intercorrências. Conclusão: A personalidade pode mediar a apresentação de sintomas depressivos. Os domínios Psicoticismo e Distanciamento foram preditores do desenvolvimento de sintomas psicóticos e de ideação suicida. Afetividade Negativa de sintomas psicóticos e Antagonismo foi preditor do abandono ao tratamento. Compreender a interação entre a personalidade e os sintomas depressivos pode ter um papel importante para melhorar a prática clínica, identificando precocemente os pacientes com pior prognóstico.