Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Boin, André Campiolo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17165/tde-04102021-164001/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Na saúde digital a aceitação de novas tecnologias ainda é um desafio, principalmente em saúde mental. A maioria dos aplicativos não estão disponíveis em português, além de carecerem de evidências científicas. Dessa forma aplicativos para transtorno com grande impacto social e pessoal como transtornos depressivos necessitam ser desenvolvidos. OBJETIVOS: O estudo objetivou desenvolver um protocolo de avaliação clínica de pacientes em episódio depressivo maior grave, com utilização da plataforma REDCap, e a avaliar sua aplicabilidade na prática clínica. MÉTODOS: Na plataforma REDCap foram incluídas as escalas Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton; Escala de Ideação Suicida de Beck (BSI), Escala de Desesperança de Beck (BSH), Escala de Estresse Percebido e Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, além de Questionário Sociodemográfico e Clínico (QSC). Foi realizado um estudo piloto em pacientes deprimidos em seguimento longitudinal (quatro semanas), que foram avaliados por médicos previamente treinados no protocolo. A aplicabilidade do protocolo foi avaliada por meio de questionário desenvolvido especificamente para este fim. O protocolo foi readequado, com redução de itens do QSC, retirada das escalas BSI e BSH, e inclusão de dois novos instrumentos de avaliação: Avaliação Global do Funcionamento e Escala Breve de Avaliação Psiquiátrica. O treinamento no protocolo adaptado foi realizado com 24 médicos residentes de forma remota e síncrona em dois dias, totalizando seis horas de treinamento. RESULTADOS: Foram avaliados 20 voluntários deprimidos, sendo que 70% completaram o seguimento de quatro semanas, sendo observada, em média, 57,1% de redução de sintomas depressivos e de 45% da ideação suicida. A maioria dos médicos residentes avaliou que o protocolo melhorou na avaliação do paciente, julgamento clínico e a disponibilização de aplicativo de usabilidade. Entretanto, 54,2% destes não consideram a plataforma REDCap de fácil entendimento e 62,5% não tem intenção de usar na prática clínica. DISCUSSÃO: O desenvolvimento do protocolo na plataforma REDCap foi de fácil realização, sem a necessidade de conhecimento aprofundado de programação. Embora o REDCap seja gratuito e tenha a opção de aplicativo para uso em smartphone, seu layout não é amigável, o que provavelmente se refletiu na avaliação dos médicos residentes sobre dificuldade de uso do REDCap. Os médicos residentes julgaram que o protocolo melhorou a avaliação clínica e julgamento dos pacientes, mas a maioria não tem intenção de usar na prática clínica, isso corrobora com a literatura da dificuldade de aceitação de novas tecnologias em saúde. CONCLUSÕES: O protocolo desenvolvido na plataforma REDCap facilitou a avaliação e registro da evolução de sintomas em paciente deprimidos em seguimento longitudinal. No entanto, a sua aceitabilidade moderada aponta para a necessidade de estabelecimento de estratégias de treinamento que venham a facilitar sua utilização na prática clínica. |