Prevalência e fatores associados à depressão entre homens e mulheres: Um estudo de base populacional em uma cidade no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carpena, Marina Xavier
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/10391
Resumo: Objetivo: Investigar a prevalência e fatores associados à depressão entre homens e mulheres. População alvo: Indivíduos com 18 anos ou mais, residentes na zona urbana do município de Rio Grande. Delineamento: Estudo transversal de base populacional. Desfecho: Depressão. O desfecho foi avaliado através do algoritmo do Patient Health Questionnaire-9, que investiga o Episódio Depressivo Maior (EDM) segundo critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V). Processo amostral: Em dois estágios, nos quais foram selecionados sistematicamente os setores censitários (70) e domicílios (711), respectivamente. Análises: Por meio da Regressão de Poisson investigou-se a associação entre exposições e desfecho para amostra geral e estratificada segundo sexo. As análises foram realizadas no Software STATA 14.0, adotando o nível de significância bicaudal de 5%. Resultados: A taxa de resposta do estudo foi de 91%. Os respondentes foram prevalentemente mulheres, com idade média de 45 anos (DP=17,26), menor nível socioeconômico, com até 8 anos de escolaridade, que não faziam uso de tabaco e nem uso abusivo de álcool, bem como inativos, com escore médio de estresse percebido de 23,61 (DP=7,39), sem diagnóstico de doenças crônicas e outras doenças psíquicas. Dentre os 1.295 respondentes, 11,2% apresentaram sintomatologia de EDM, sendo 8,4% entre homens e 13,4% entre mulheres. Na amostra geral, as variáveis independentemente associadas ao EDM foram sexo feminino, menor nível socioeconômico, menor escolaridade, insuficientemente ativos, maior nível de estresse percebido, maior no de doenças crônicas não transmissíveis e diagnóstico de outro transtorno mental. Analisando apenas as mulheres, além destes fatores, o EDM esteve independentemente associado também ao uso abusivo de álcool nos últimos 30 dias. Dentre os homens, as variáveis associadas ao EDM foram apenas atividade física no lazer e estresse percebido. Conclusão: Depressão é um problema de saúde pública, com consideráveis diferenças entre sexos que devem ser atentadas no planejamento de políticas públicas de saúde mental. De maneira geral, devem ser feitas intervenções para o incentivo de atividade física e para lidar com estresse, como forma de prevenção e tratamento auxiliar para pacientes deprimidos.