Perfil clínico e suas associações com resultados angiográficos de pacientes submetidos à coronariografia em hospital público universitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: da Costa, Guilherme Barros Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20739
Resumo: A doença isquêmica do coração é uma das principais causas de morte no mundo. Existem poucos dados na literatura sobre a associação do perfil clínico com resultados da coronariografia. Este estudo tem por objetivo avaliar o perfil clínico e suas associações com os resultados angiográficos em pacientes submetidos à coronariografia em hospital público universitário. Realizado estudo epidemiológico, observacional do tipo transversal com 1844 pacientes submetidos a coronariografia no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), de agosto de 2015 a abril de 2018. Avaliados as variáveis clínicas, os resultados angiográficos e as complicações. Os resultados encontrados foram: média de idade: 62,1±10,3 anos, média de IMC: 27,4±5,0 kg/m2 com 26,3% de obesos. A maior parte da população estudada teve origem ambulatorial (71,0%). Para a indicação do procedimento, 15,5% dos pacientes foram referidos pelo HUPE. Angina estável foi a principal indicação (62,9%). Apenas 19,7% da população estudada realizou algum teste não invasivo para isquemia miocárdica (TNI). Comorbidades mais frequentes: hipertensão arterial sistêmica (HAS) com 88,2%, seguida de dislipidemia (DLP) com 60,2%. Apenas 4,2% da população estudada não apresentava FR. A via de acesso arterial mais utilizada foi a radial (91,7%). A maior parte dos pacientes estudados apresentou DAC obstrutiva (moderada/grave) com 65,0% dos casos e 58,2% DAC grave (apenas lesões graves). Lesão de tronco da coronária esquerda (TCE) moderada/grave foi encontrada em 8,1% dos pacientes e em 4,7% quando consideradas apenas lesões graves. HAS, DLP, diabetes mellitus (DM), história familiar (HF) para DAC, tabagismo, doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) e insuficiência renal crônica (IRC) demonstraram associação (p<0,05) com a presença de DAC moderada/grave, DAC grave e resultados angiográficos piores. DM e DLP apresentaram associação (p<0,05) com lesão de TCE. Obesidade e a realização de algum TNI não apresentaram associação com DAC. A análise multivariada demonstrou que o número de FR, sexo masculino, faixa etária elevada e origem da indicação pelo HUPE foram preditores de risco independentes para DAC. Em relação à lesão de TCE, os preditores de risco independentes foram: sexo masculino, faixa etária elevada, DM não insulinodependente (DMNID) e DLP. Óbito ocorreu em 3 (0,16%) pacientes e oclusão aguda de artéria coronária em 4 (0,2%). As conclusões deste estudo são: os fatores de risco clássicos demonstraram associação com DAC. Os preditores para DAC foram: faixa etária elevada, sexo masculino, número de fatores de risco, DAOP e origem HUPE; e para TCE foram: sexo masculino, idade avançada, DMNID e DLP. O baixo número de complicações identifica a segurança da coronariografia em hospital público universitário.