Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Martins, Eduardo Bello |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-16062021-140102/
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Resumo: |
Introdução: A avaliação da complexidade da doença arterial coronariana (DAC), através do escore SYNTAX I (SSI), é utilizada para auxiliar na escolha da melhor estratégia de revascularização. Após o surgimento do SSI, desenvolveu-se o escore SYNTAX II (SSII) que adiciona variáveis clínicas ao SSI para predição de mortalidade. Outro escore derivado do SSI é o escore SYNTAX residual (SSr), o qual torna possível a graduação da incompletude da revascularização. Estudos dedicados à aplicabilidade clínica desses escores para predição do prognóstico após procedimentos de revascularização miocárdica são escassos e com resultados conflitantes; não havendo relato do uso comparativo e concomitante dos 3 escores em uma mesma amostra em seguimento de longo prazo. Objetivo: Nosso objetivo foi avaliar a acurácia e capacidade desses 3 escores na predição de desfechos cardiovasculares no seguimento de longo prazo de pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) ou intervenção coronariana percutânea (ICP). Métodos: Pacientes do registro MASS com doença arterial coronariana e submetidos à CRM ou ICP foram incluídos na presente análise. Os dados foram analisados de acordo com os tercis dos escores SYNTAX I, II e residual nessas amostras. O desfecho primário foi o combinado (MACCE) de mortalidade, infarto do miocárdio (IAM), acidente vascular encefálico (AVE) ou revascularização adicional (RM), e os desfechos secundários foram as avaliações individuais de cada componente do desfecho primário. Resultados: Foram obtidos dados de 969 pacientes submetidos à revascularização miocárdica, sendo 559 revascularizados submetidos à CRM e 410 à ICP, com seguimento mediano de 6,9 anos (IQR 4,8-9,9) e documentação de 376 eventos clínicos. Na população cirúrgica, o SSI apresentou mediana de 23 (17-29,5), o SSII mediana de 25,4 (19,2-32,8) e o SSr mediana de 2 (0-6,5). Nesses pacientes apenas os escores SSII e SSr se associaram com a ocorrência do desfecho primário: SSI:(P=0,208), SSII: (P=0,033) e SSr (P < 001). Nos pacientes submetidos à ICP, o SSI apresentou mediana de 14 (10-19,1), o SSII mediana de 28,7 (23-34,2) e o SSr mediana de 4,7 (0-9); com o SSI e o SSr se associando com a ocorrência do desfecho primário (SSI:P=0,001, SSII:P=0,332 e SSr: P=0,027) e o SSII com a mortalidade (P=0,002). Após análise multivariada na população cirúrgica o SSr (HR:1,064; IC 95%: 1,035-1,093; P<0,001) manteve-se no modelo final como preditor independente do desfecho primário. Na ICP, o SSI manteve-se como o preditor independente entre os escores analisados (HR:1,039; IC 95%: 1,016-1,061; P=0,001). Conclusão: Os escores SYNTAX analisados apresentaram diferentes associações prognósticas nos procedimentos de revascularização. Na CRM, apenas o SSr e o SSII associaram-se à ocorrência de eventos, sendo o SSr o preditor independente do desfecho primário. Por outro lado, na população submetida à ICP, os três escores obtiveram uma associação com eventos clínicos, com o SSI sendo o preditor independente do desfecho primário. Apesar das associações encontradas, todos os escores apresentaram baixa acurácia na predição do desfecho primário |