Análise do grau de lesão obstrutiva coronária e sua correspondente parede miocárdica como fatores preditivos de perviedade e remodelamento da artéria radial na revascularização do miocárdio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Carneiro, Luciano Jannuzzi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5156/tde-22032010-181455/
Resumo: A artéria radial (AR) constitui valiosa opção de enxerto na revascularização do miocárdio (RM), desde a retomada de seu uso, nos anos 1990. O objetivo deste estudo foi avaliar perviedade e remodelamento dos enxertos de AR e sua relação com lesão obstrutiva pré-operatória e parede miocárdica revascularizada, observando-se também os enxertos de artéria torácica interna (ATI). CASUÍSTICA E MÉTODO: Entre 1994 e 2007, 3.964 pacientes foram operados com uso da AR, no InCor/HCFMUSP. Foram selecionados os reestudos angiográficos (12 meses) de 100 pacientes, sendo 11 deles reestudados em duas épocas diferentes. Em 92 pacientes foi utilizada a ATI. Foram determinados os diâmetros médios de AR e ATI, através do software CASS-II®. RESULTADOS: O tempo médio de reestudo foi de 70,53 ±33,18 meses. Em 82 casos (82,0%), a AR revascularizou uma única coronária, mais freqüentemente (50,83%) os ramos marginal esquerdo (ME) ou ventricular posterior (VP/CX). As obstruções pré-operatórias entre 90 e 99% foram as mais prevalentes (39,0%). A perviedade observada foi de 80 casos para AR (80,0%) e 80 para ATIE (86,96%). Houve correlação entre as maiores obstruções pré-operatórias e maior perviedade da AR (p=0,024). Os diâmetros médios dos enxertos foram de 2,302mm ±0,479 (AR) e 2,262mm ±0,409 (ATI). Observaram-se AR maiores do que a média (>2,30mm) nas obstruções pré-operatórias de 100%, em comparação com as demais (p=0,017). As AR que revascularizaram a parede lateral apresentaram os maiores diâmetros, em comparação às demais (p=0,04). Nos 11 pacientes com 2 reestudos, os diâmetros médios das AR foram de: 2,482mm ±0,424 (primeiro reestudo) e 2,599mm ±0,532 (segundo reestudo)(p=n/s). Para as ATIE, observaram-se: 2,308mm ±0,459 (primeiro reestudo) e 2,326mm ±0,531 (segundo reestudo) (p=n/s). No segundo reestudo, observou-se maior número de AR com diâmetros maiores, relacionados às obstruções entre 90-100% (p=0,013). A parede miocárdica revascularizada não interferiu nos diâmetros dos enxertos. CONCLUSÕES: A obstrução pré-operatória interfere na perviedade e nos diâmetros dos enxertos de AR, especialmente nas obstruções de 90% ou mais. A parede miocárdica revascularizada não interfere na perviedade da AR, porém interfere nos diâmetros dos enxertos. Foi observado remodelamento dos enxertos de AR, estando as obstruções mais graves relacionadas aos maiores aumentos de diâmetros dos enxertos comportamento semelhante às ATI.