“Mas lápis marrom pode ser cor de pele?” : experiências antirracistas de ensino de língua inglesa em séries iniciais de uma escola pública do município de Niterói/RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Viégas, Vanessa da Fonte Cabral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22072
Resumo: Esta pesquisa de mestrado parte do pressuposto de que a grande maioria das histórias às quais as crianças têm acesso são as que enaltecem os padrões hegemônicos de beleza, utilizando-se de exemplos embranquecidos. Tal fato contribui para moldar o que essas crianças pensam sobre o mundo e sobre si mesmas. Isso posto, ressalta-se que o presente estudo aborda o ensino de língua inglesa no primeiro ciclo da educação básica de uma escola municipal de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro. Nessa perspectiva, problematiza-se a diversidade apresentada na turma em questão por meio de práticas de letramentos que possam levar a uma educação reflexiva e decolonial no ensino de língua inglesa. Assim, visando a uma proposta dialógica, participativa e emancipatória (HOOKS, 2017, 2019, 2020, 2021), essa pesquisa adota a pedagogia crítica freireana (FREIRE, 2000, 2003, 2013, 2014) para propor atividades que possam levar os discentes a construírem, de forma crítica, conhecimentos sobre suas presenças e espaços que ocupam. Além do pensamento freireano, as concepções do pensamento decolonial latino-americano (QUIJANO, 2000, 2005; MIGNOLO, 2003, 2007, 2017), os princípios de multimodalidade (ROJO, 2012; KALANTZIS e COPE, 2012; KALANTZIS, COPE e PINHEIRO, 2020) bem como formulações sobre letramentos críticos (FREEBODY e LUKE, 1999) e letramento ideológico (STREET, 2003, 2014) também aparecem como aportes teórico-metodológicos que auxiliam na construção de uma abordagem de uma educação crítica e antirracista. Os resultados obtidos durante a realização da pesquisa indicam que as atividades feitas junto aos discentes configuram importantes ferramentas para a transformação social, haja vista que, ao se perceberem como protagonistas de histórias importantes, pensando de forma menos colonizada, as crianças desencadearam mudanças em suas próprias concepções e na comunidade em que circulam. Ao final desse estudo, apresento sugestões de atividades de cunho antirracista que poderão ser usadas em aulas de língua estrangeira. As atividades propostas foram estruturadas em um caderno pedagógico e mostram que é possível deslocar o ensino de língua estrangeira do lugar de neutralidade que muitas vezes ocupa, levando aos alunos a possibilidade de começarem a questionar o status quo de forma significativa e prazerosa.