Análise de aspectos microbiológicos e epidemiológicos de amostras de Estreptococos do Grupo B isoladas de pacientes com câncer atendidos no Instituto Nacional do Câncer (HCI-RJ) durante o período de 2010-2014
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8801 |
Resumo: | Embora a maior carga de infecções por Streptococcus agalactiae tenham sido relatadas em países industrializados, os estudos sobre a caracterização e epidemiologia são limitados nos países em desenvolvimento, onde a implementação de estratégias de controle permanece indefinida. O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar os aspectos epidemiológicos, clínicos e microbiológicos de infecções por S. agalactiae em pacientes com câncer atendidos no Instituto Nacional de Referência Nacional do Câncer - INCA, Rio de Janeiro, Brasil. Foram revistos os registros clínicos e laboratoriais de todos os pacientes com câncer identificados com doenças invasivas causadas por S. agalactiae durante 2010-2014. Os isolados foram identificados por análises bioquímicas e testados para a susceptibilidade antimicrobiana. Um total de 263 cepas de S. agalactiae foram isolados de pacientes com câncer que tinham sido clinicamente e microbiologicamente classificadas como infectadas. Infecções por S. agalactiae foram geralmente detectados entre os adultos com tumores sólidos (94%) e / ou em pacientes que usaram dispositivos médicos de demora (77,2%) ou submetidos a procedimentos cirúrgicos (71,5%). As taxas de mortalidade (mortalidade intra-hospitalar durante 30 dias após a identificação de S. agalactiae) relacionados a infecções por S. agalactiae invasivos (n = 28; 31,1%) para a categoria específica de doenças neoplásicas foram: gastrintestinal (46%), cabeça e pescoço (25%), pulmão (11%), hematológica (11%), ginecológico (4%), e genito-urinário (3%). Encontramos também um aumento na resistência do S. agalactiae à eritromicina e clindamicina e o surgimento de isolados penicilina menos susceptíveis. Um notável número de casos de infecções invasivas por cepas de S. agalactiae foram identificados, principalmente em doentes adultos. Nossos resultados reforçam a necessidade de medidas de controle de S. agalactiae no Brasil, incluindo pacientes com câncer. |