Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Sabrina Moita Costa |
Orientador(a): |
Ramos, Jesus Pais |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/47641
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Resumo: |
Streptococcus agalactieou Estreptococo tipo B (EGB), é um importante microrganismo causador de doenças em gestantes, neonatos, idosos (maiores de 65 anos de idade). Em se tratando de neonatos, esse microrganismo é adquirido por infecção ascendentein útero antes do parto, pelas membranas fetais rompidas ou durante a passagem pelo canal do parto colonizado por EGB devido à aspiração de conteúdo vaginal contaminado, levando ao desenvolvimento de doença neonatal, fato que tem sido motivo de preocupação para obstetras e neonatologistas pela alta mortalidade e pela possibilidade de sequelas nas crianças. Arealização de estudos que possam ampliar conhecimento a cerca dessa temática são imprescindíveis para que se possa obter dados que revelem a situação brasileira, pois há evidências locais que sugerem altas taxas de colonização materna e incidência de complicações neonatais, evitáveis com intervenções em tempo oportuno. O presente estudo teve como objetivo avaliar a prevalência, características genotípicas e o padrão de resistência aos antimicrobianos da bactéria EGB em gestantes atendidas na Maternidade Marques Basto, no município de Parnaíba-PI. Para tanto, realizou-se um estudo transversal, de cunho observacional, epidemiológico e laboratorial. A pesquisa foi realizada com 149 gestantes acompanhadas pela Estratégia Saúde da Família (ESF) no município de Parnaíba\2013PI que fizeram consultas na Maternidade Marques Basto, local onde aconteceu a maioria das coletas. As participantes tinham idade gestacional entre 35 e 37 semanase no momento da coleta responderam a um questionário, que abrangeu questões sócio-demográficas e outros fatores clínicos relevantes. As amostras foram coletadas utilizando-se material de uso único, descartável. Em cada uma das participantes foram colhidas duas amostras, uma da região vaginal e outra da região anal para realização de cultura com antibiograma utilizando kit específico para identificação do EGB. Para a análise de variáveis quantitativas, os percentuais de ocorrência dos eventos foram calculados, utilizando-se tabelas de contingência, assim como seus valores preditivos positivos e negativos. Para comparação das proporções foi utilizado o teste do Qui-Quadrado de Pearson, na impossibilidade de aplicar o teste de Pearson, aplicou-se o teste exato de Fisher. As análises foram realizadas utilizando o programa Graph Pad Prism 6, com Intervalos de Confiança de 95% (IC95%) ep<0,05 para significância estatística. Entre os resultados obtidos destaca-se a taxa de colonização, que foi de 17, 45%. Os antecedentes pessoais e classificação de risco obstétrico, não se traduziram como fatores de risco para a colonização por EGB. Dentre as variáveis gineco-obstétricas, ao corrimento vaginal apresentou significância estatística para acolonização pelo EGB. Todas as amostras positivas foram sensíveis à penicilina, antibiótico de primeira escolha para tratamento dessa bactéria. Algumas amostras apresentaram resistência ou perfil de resistência intermediário para a eritromicina e clindamicina. A prevalência do EGB dentre as gestantesanalisadas foi alta, portanto, sugere-se a inclusão da culturacom antibiograma para EGB em todas as gestantes com idade gestacional de 35 a 37 semanas e administração da profilaxiaintra-parto para aquelas com resultado positivo, com ações promoção e proteção à saúde, especialmente nas localidades com situações sócio-econômicas mais precárias. Além disso, é fundamental a realização de estudos mais aprofundados a respeito do tema, para que se possa consolidar o rastreio e a profilaxia para esse patógeno na rotina do pré-natal em todo o país e, assim, contribuir para redução das taxas de morbidade e mortalidade materna e neonatal. |