Colonização pelo Streptococcus agalactiae (EGB) em gestantes atendidas na rede pública de Uberaba - MG.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: CAETANO, Mário Sérgio Silva Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Patologia Clínica
BR
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Patologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/42
Resumo: Introdução: Estima-se que 10 a 30% das mulheres grávidas estejam colonizadas pelo Streptococcus agalactiae (EGB). Esse microorganismo pode ser transmitido no momento do parto e representa importante causa de sepse neonatal. No Brasil, não há, até o momento, estratégia definida para a profilaxia da infecção pelo EGB. Dessa forma, o conhecimento da prevalência da colonização pelo EGB em gestantes é importante passo na adoção da profilaxia da infecção causada por esse microorganismo. Objetivo: Detectar a presença de EGB em amostras coletadas da vagina e da região anorretal de gestantes, determinar a prevalência da colonização pelo EGB nessa população e conhecer o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos das cepas isoladas. Método: Realizou-se um estudo de corte transversal, envolvendo trezentas gestantes em atendimento pré-natal no Ambulatório Maria da Glória da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (AMG-UFTM) e no Centro Integrado à Saúde da Mulher (CAISM). Durante o atendimento, foram coletadas amostras, vaginal e anorretal, dessas gestantes com swabs estéreis e colocados em meio seletivo de Todd Hewitt. Dados sociodemográficos foram obtidos nesse momento e as informações clínicas pesquisadas nos prontuários. Procederam-se provas presuntivas de identificação do EGB (coloração pelo método de Gram, catalase, sensibilidade a sufametoxazol-trimetoprim e bacitracina, provas da bile-esculina e NaCl a 6,5%) e provas confirmatórias (CAMP e aglutinação em látex). Realizou-se susceptibilidade a oito antimicrobianos (penicilina, ampicilina, eritromicina, nitrofurantoína, clindamicina, cefalotina, gentamicina e vancomicina) através 20 da técnica de disco difusão. Resultado: A prevalência da colonização de gestantes pelo EGB foi de 15%; dentre 22 as variáveis sociodemográficas a renda familiar foi um fator significativo associado à 23 colonização. Todas as cepas foram sensíveis à penicilina ampicilina, à cefalotina e à 24 vancomicina e resistentes à gentamicina. Ocorreu resistência à eritromicina e à clindamicina em 2,2% das amostras testadas e para a nitrofurantoína em 4,4% das 26 amostras. Conclusões: A prevalência da colonização pelo EGB em gestantes deste estudo está concordante com os demais estudos brasileiros, nos quais se empregou a mesma metodologia. Não se identificaram fatores associados à colonização, exceto a renda familiar. A penicilina, em virtude da sua sensibilidade, ainda é a droga de escolha. O antibiograma é necessário para as pacientes que referiram reações alérgicas prévias a essa medicação.