Análise dos diferentes subtipos de células B TFH e TFC como marcadores biológicos associados ao risco de progressão da esclerose múltipla
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22720 |
Resumo: | A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune inflamatória e desmielinizante do sistema nervoso central (SNC) caracterizada por lesão progressiva da bainha de mielina em indivíduos geneticamente suscetíveis, afetando uma faixa etária socioeconomicamente produtiva. A maioria dos pacientes (>80%) evolui com episódios agudos de incapacidade neurológica seguidos de remissão clínica total ou parcial, conhecida como EM remitente recorrente (EMRR), que evoluirá para a forma neurodegenerativa, conhecida como progressiva secundária (EMSP). Embora não haja cura, a forma EMRR tem sido tratada com diferentes drogas que têm como principal alvo as células Th1 e Th17. Infelizmente, a taxa de falha terapêutica é significativa, e não há opções terapêuticas para a forma SP. A descoberta de agregados de células B adjacentes às áreas de neurodegeneração nos pacientes com EMSP sugere o envolvimento da imunidade humoral na progressão da doença, e esse fenêomeno pode, igualmente, estar relacionado às formas graves da EMRR. A ativação eficiente de células B depende de sua capacidade de interagir com células T CD4+ foliculares (TFH). No entanto, foi descrito que as células T CD8+ foliculares (TFC), em inflamações crônicas, também auxiliam o processo de ativação das células B. Nesse sentido, o objetivo da presente tese foi analisar o comportamento de diferentes subtipos de células B, TFH e TFC em função da progressão da EM. Dessa forma, a frequência de diferentes subtipos desses linfócitos em culturas de células mononucleares do sangue periférico de pacientes com EMRR foi determinada por citometria de fluxo, após estimulação por 4 h com PMA e ionomicina. Ainda, os níveis plasmáticos de CXCL13 e NfL foram quantificados por ELISA. Os dados clínicos foram obtidos a partir do prontuário médico. Nossos resultados demonstram que pacientes com elevado risco de progressão apresentam uma expansão preferencial de células B de memória HLA-DR+IgD- e de plasmoblastos mais funcionais (CD138+) que expressam elevados níveis de HLA-DR. A presença dessas células foi diretamente correlacionada com os níveis plasmáticos de CXCL13 e NfL. Em contraste, elevada frequência de diferentes subtipos de células B associados à regulação imune (IgD+HLA-DR-) entre os pacientes de baixo risco foi inversamente correlacionada com os níveis de NfL. Quanto às células T foliculares, nosso estudo observou uma correlação positiva e significativa entre os fenótipos celulares TFC17.1 e TFC17 com os níveis plasmáticos de CXCL13 e gravidade da doença. Apesar de preliminares, nossos achados sugerem que monitorar os diferentes subtipos de células B e linfócitos TFH e TFC pode se tornar um padrão de assinatura associado ao desfecho da EM e à resposta à terapêutica. |