Análise comparativa do tratamento com fingolimode e dimetilfumarato na composição de linfócitos B, monócitos e diferentes subtipos de células T em pacientes com Esclerose Multipla
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19123 |
Resumo: | Esclerose Múltipla remitente recorrente (EMRR) é uma doença autoimune inflamatória crônica do Sistema Nervoso Central considerada a principal causa, entre as doenças desmielinizantes, de incapacidade neurológica crônica em adultos jovens. O rápido diagnóstico e início do tratamento com terapias modificadoras da doença (TMD), tais como fingolimode (FGL) e dimetilfumarato (DMF), pode alterar o curso clínico por controlar, através de diferentes mecanismos, eventos imunes mediados pelas células T encefalitogênicas associados às recaídas e lesão neuronal. Entretanto, faltam estudos comparando os efeitos de ambas as drogas na composição de diferentes subtipos de células T, células B e monócitos circulantes, sendo esse o objetivo do presente trabalho. Para tal, os linfócitos totais foram estimulados por 3 h com a combinação de forbol 12-miristato 13-acetato (PMA) e ionomicina, seguida de marcação de diferentes anticorpos monoclonais fluoroceínados dirigidos contra os marcadores CD3, CD4, CD8, CD45RA, CCR7, IFN-γ, CD19, HLA-DR, CD28, CD57, CD14, CD80, CD86 e CD11c. Para fins de comparação, amostras de sangue periférico foram colhidas de indivíduos saudáveis (grupo controle) e de pacientes infectados pelo HIV-1 com Aids. A determinação das diferentes subpopulações celulares foi conduzida por citometria de fluxo. Nossos resultados demonstram que o tratamento com FGL foi mais eficiente em reduzir tanto a porcentagem total das células T CD4+ periféricas, quanto o subtipo de memória central. No compartimento das células T CD8+, resultados semelhantes foram observados nos pacientes sob terapia com FGL. A frequência de células T (CD4+ e CD8+) INF-y+ foi maior nos pacientes não tratados do que no grupo controle, e dentre as TMD, apenas o FGL reduziu a proporção de células T CD8+IFN-y+ virgens, associado a um aumento na fração de células T(CD4+ e CD8+) D28- CD57- circulantes. A incapacidade do DMF em reduzir os níveis circulantes de células T IFN-y+ virgens foi diretamente associada ao grau de comprometimento motor do paciente. Quanto aos monócitos (CD14+HLA-DR+) e linfócitos B (CD19+HLA-DR+), o FGL foi superior ao DMF em aumentar a porcentagem dessas células expressando os marcadores de ativação CD80 e CD11c, respectivamente. Finalmente, e de forma interessante, apesar do FGL levar a uma linfopenia mais acentuada nas células T de memória central circulantes nos pacientes com EM quando comparada aos pacientes com Aids, é provável que aumento na proporção de células T CD28-CD57- e de monócitos ativados (CD80+CD86-), deva contribuir na resistência imune a diferentes patógenos nos pacientes com EM. Apesar de preliminares, nossos dados sugerem que, maior eficiência terapêutica na EM dependa da capacidade da TDM em reduzir a frequência de células T IFN-y+ virgens. Ademais, apesar do FGL levar a uma queda importante em subtipos nobres de células T circulantes, é possível que, por mecanismos imunes compensatórios, a grande maioria desses pacientes consigam manter ainda vigilância imune contra diferentes patógenos. |