Avaliação psicométrica do Peritraumatic Dissociative Experience Questionnaire (PDEQ) e proposta de um instrumento para avaliação de reações peritraumáticas.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4515 |
Resumo: | O papel das reações vivenciadas durante experiências traumáticas tem sido alvo de interesse nos estudos sobre etiologia e prognóstico do transtorno de estresse pós-traumático. Essa tese avaliou a estrutura dimensional do instrumento mais utilizado para mensurar a dissociação peritraumática, o Peritraumatic Dissociative Experience Questionnaire (PDEQ). Adicionalmente, desenvolveu-se e avaliou-se as propriedades psicométricas do instrumento Peritraumatic Reactions Questionnaire (PTRQ), proposto para mensurar as três principais reações peritraumáticas (RP) no contexto do TEPT: dissociação peritraumática (DP), imobilidade tônica peritraumática (ITP) e reações físicas peritraumáticas (RFP). Os dados utilizados são originários de um estudo transversal realizado entre junho de 2007 e julho 2008 com amostras representativas da população acima de 15 anos das duas maiores cidades brasileiras. A amostra foi de 1.074 participantes no Rio de Janeiro e 2.145 em São Paulo que reportaram ao menos um evento traumático durante a vida. O primeiro artigo investigou a validade estrutural da versão brasileira do PDEQ. Análises de componentes principais indicaram a solução unidimensional corroborada por análises fatoriais confirmatórias (AFC) e de tipo exploratórias realizadas no Mplus. A adequação de ajuste dos modelos foi aceita para valores de CFI, TLI maiores que 0,95 e de RMSEA abaixo de 0,06. Os índices de modificação indicaram uma alta correlação residual entre os itens 9 ( dificuldade para entender o que estava acontecendo ) e o item 10 ( desorientação ) que foi corroborada nas duas amostras por AFC e sugere redundância de conteúdo. Análises de escalabilidade utilizando H de Loevinger e a hipóstese de dupla monotonicidade indicaram boas propriedades escalares. A versão reduzida com exclusão do item 9 foi proposta para utilização em estudos epidemiológicos. O segundo artigo reportou o processo de desenvolvimento de um instrumento integrado para avaliar RP. A etapa qualitativa avaliou a validade de conteúdo de 36 itens, sendo 30 provenientes das principais escalas utilizadas para mensurar as três principais RP e mais 6 itens elaborados por especialistas. O conjunto de 34 itens resultantes do processo qualitativo teve sua estrutura configural e métrica avaliadas a partir de AFC e de tipo exploratória para as duas amostras no Mplus. Modelos com CFI e TLI acima de 0,95 e de RMSEA menores que 0,06 foram considerados com ajuste satisfatório. A versão proposta do PTRQ conta com 29 itens distribuídos nas três dimensões (DP, ITP e RFP) mostrou boa estrutura fatorial e métrica, sendo recomendado para uso em estudos epidemiológicos. Espera-se que os resultados desta tese contribuam para o refinamento do processo de mensuração das RP, necessário para se avançar o conhecimento sobre o seu papel no desenvolvimento do TEPT, assim como nas propostas de intervenção precoce em indivíduos sob maior risco de desenvolvimento desse transtorno mental. |