Suplementação materna com óleo de peixe e efeitos cardiovasculares na prole adulta de ratos submetidos à restrição protéica perinatal
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Morfologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16086 |
Resumo: | Fêmeas Wistar foram alimentadas durante o período gestacional e a primeira metade da lactação (10 primeiros dias de lactação) com dieta normoprotéica (19 g proteína / Kg dieta) (grupo NP) e dieta restrita em proteínas (5 g proteína / Kg dieta) (grupo LP). Paralelamente a este esquema de alimentação, elas também receberam, diariamente, por gavagem, o óleo de peixe (Fo, rico em ácido graxo poliinsaturado- AGPi n-3). Os filhotes foram subdivididos em 4 grandes grupos: NP, NP-Fo, LP e LP-Fo, sendo acompanhados até os 6 meses de idade, data na qual ocorreu a eutanásia. No momento do sacrifício, o coração foi removido e devidamente preparado para a análise em microscopia de luz e estereologia. A partir do terceiro mês, os animais do grupo LP (ambos os gêneros) exibiram um aumento na pressão arterial sistólica (hipertensão moderada), mantendo esse comportamento até o final do experimento (6 meses de idade). No entanto, a suplementação materna com o Fo foi capaz de minimizar os efeitos da desnutrição sobre a pressão arterial. Não houve diferença significante no índice corporal entre os grupos de mães suplementadas com o Fo. O ventrículo esquerdo do grupo LP (ambos os sexos) demonstrou maior espessura quando comparado ao grupo NP (+25% nos machos, P=0,01, +22% nas fêmeas, P=0,001); entretanto, o grupo LP-Fo manifestou menor espessura quando comparado com o grupo LP (-23% nos machos, P=0,001, -12% nas fêmeas, P=0,02). Os machos do grupo LP apresentaram significativamente menor vascularização intramiocárdica quando correlacionado ao grupo NP (-50%, P=0,01), enquanto os machos do grupo LP-Fo exibiram um incremento de 89% na microcirculação, quando comparados ao grupo LP (P=0,004). Ambos os gêneros do grupo LP manifestaram maior quantidade de fibrose intersticial quando comparados ao grupo NP. Vale ressaltar que a suplementação materna de Fo foi benéfica apenas no grupo LP. Sendo assim, nossos dados sugerem claramente que a suplementação materna com Fo, durante o período perinatal, é capaz de prevenir o remodelamento cardíaco adverso e a hipertensão provocados pela restrição protéica materna in útero e na lactação, tornando-se assim uma opção não farmacológica viável para a prevenção e/ou redução dos danos ocasionados pela programação em humanos. |