Aspectos morfofisiológicos e moleculares do músculo estriado esquelético de ratos jovens e senis submetidos à restrição proteica materna perinatal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Valente, Jessica Silvino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181265
Resumo: A restrição nutricional durante os períodos de gestação e lactação, pode provocar adaptações fisiológicas no feto (programação fetal), estando relacionada com riscos de doenças cardiovasculares e metabólicas, além de alterações musculares nos adultos. O comprometimento muscular pode trazer consequências futuras na vida do indivíduo, dada a sua relevância na geração de força e locomoção, bem como na longevidade e qualidade de vida em idosos, fase em que ocorre aperda de massa muscular (sarcopenia). O objetivo deste trabalho foi analisar aspectos celulares e moleculares, através de técnicas morfológicas e moleculares, dos músculos Sóleo (SOL) e Extensor Longo dos Dedos (EDL) de ratos jovens e senis (21 e 540 dias) provenientes de mães alimentadas com uma dieta de baixo conteúdo protéico (6%) durante a gestação e lactação. Foram utilizados Ratos Sprague Dawley aos 21 e 540 dias, provenientes de dois grupos de genitoras submetidas a diferentes dietas (hipoproteica: 6% e padrão: 17% de proteína) durante toda a gestação e lactação. Amostras dos músculos SOL e EDL foram coletadas para as análises morfológica, imunofluoerescência e moleculares. Nossos resultados demonstraram que os animais do grupos restritos apresentaram menor peso em ambos os períodos comparado aos animais dos grupos controles. O músculo SOL apresentou diminuição da área de secção transversal (AST) das fibras musculares aos 21 e 540 dias, enquanto o músculo EDL apresentou diminuição da AST apenas aos 21 dias; nenhuma alteração na frequência dos tipos de fibras musculares foi observada nos músculos e nos períodos analisados. Aos 21 dias não foram observadas diferenças na expressão gênica dos marcadores avaliados nos músculos SOL e EDL. Aos 540 dias, no músculo SOL, houve aumento na expressão do gene IGF-1, enquanto no músculo EDL, o MRF MyoG, apresentou expressão gênica diminuída. As vias alteradas na senilidade decorrentes da restrição proteica perinatal apontadas pelas análises dos transcriptoma envolvem a proliferação e diferenciação celular durante a embriogênese, o metabolismo de lipídeo, integridade da matriz extracelular, citoesqueleto e junção neuromuscular. A restrição proteica durante a gestação e lactação interfere na manutenção do peso corporal durante a fase juvenil e na senilidade e promove hipotrofia muscular aos 21 nos músculos SOL e EDL, obsevada também aos 540 dias no músculo SOL. Os dados do transcriptoma sugerem uma adaptação (proteção) dos músculos SOL e EDL à condição de restrição proteica perinatal durante a senilidade.