Efeitos da restrição protéica experimental sobre a morfologia do miocárdio e as propriedades mecânicas dos miócitos cardíacos isolados em ratos Fisher após o desmame

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Penitente, Arlete Rita
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos
Doutorado em Biologia Celular e Estrutural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/256
Resumo: Alterações na nutrição em fases precoces da vida resultam no desenvolvimento de adaptações que podem modificar permanentemente a estrutura de um órgão ou tecido. Embora a função cardíaca esteja alterada em animais com restrição protéica, ainda há informações limitadas sobre a mecânica, morfologia e ultraestrutura dos cardiomiócitos, que levam à alteração da função cardíaca. O presente estudo investigou a relação entre a restrição protéica severa pós-desmame e as alterações morfológicas, moleculares e ultra-estruturais dos cardiomiócitos ventriculares, além de suas propriedades mecânicas, dos sparks de cálcio e da atuação do sistema β-adrenérgico, em ratos machos Fischer, a partir do desmame. Os animais foram divididos aleatoriamente em grupo controle (GC, n= 36) e grupo com restrição de proteínas (GRP, n= 36). Após o desmame (28 dias após o nascimento), animais do GC e GRP receberam dietas isocalóricas contendo 15% e 6% de proteína, respectivamente, por 35 dias. Em seguida, os animais foram pesados, sacrificados e tiveram os corações removidos para a análise histológica, morfométrica, estereológica e ultraestrutural; ou isolados por dispersão enzimática para análise das propriedades mecânicas. Os resultados encontrados demonstraram que a restrição protéica causou uma drástica redução no peso corporal, do coração e do ventrículo esquerdo dos animais do GRP. Essas alterações foram acompanhadas com uma diminuição no comprimento, largura e área dos cardiomiócitos, além de um aumento da quantidade de colágeno no GRP em relação ao GC de 38%. Porém em relação ao número de células o GRP apresentou o mesmo número de células do GC. As análises ultra-estruturais permitiram a observação de miofibrilas menos desenvolvidas, maior proporção de mitocôndrias e retículo sarcoplasmático menos organizado no GRP. Miócitos ventriculares do GRP também apresentaram alterações nas propriedades contráteis, tanto em condições basais quanto após estimulação β- adrenérgica. Além disso, o GRP apresentou menor expressão protéica de SERCA2a e menor transiente de cálcio em relação ao GC, provocando prejuízos na mecânica celular. De acordo com esses resultados, foi possível concluir que a restrição protéica severa altera não apenas a morfologia do coração, mas também aspectos bioquímicos e funcionais.