Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Bannitz, Rafael Ferraz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-08092021-133754/
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Resumo: |
Nas últimas décadas, a obesidade tem se tornado um importante problema mundial de saúde pública, resultando no aumento da prevalência de doenças crônicas, geralmente associadas à obesidade, como a doença coronariana e o diabetes Mellitus do Tipo 2. Muitos estudos são desenvolvidos na tentativa de elaborar intervenções que possam bloquear ou minimizar as doenças metabólicas induzidas pela obesidade, em especial o diabetes Tipo 2. A restrição calórica (RC) reduz a adiposidade e melhora o metabolismo em pacientes com um ou mais sintomas da síndrome metabólica. No entanto, ainda não se sabe se os benefícios da RC em humanos são mediados pela restrição de calorias ou nutrientes. Este estudo foi realizado para identificar se a dieta isocalórica com restrição de proteína (RP) é capaz de conferir os efeitos benéficos da RC em pacientes com síndrome metabólica. Submetemos 21 indivíduos com diagnóstico de síndrome metabólica a restrição calórica de curto prazo (ou seja, 27 dias) (RC; n = 11) ou a dieta isocalórica com restrição de proteínas (RP; n = 10) e comparamos os resultados metabólicos e moleculares das intervenções. Assim como a RC, a RP promoveu perda de peso devido à redução da adiposidade e redução da glicemia, dos níveis lipídicos e da pressão arterial nesses indivíduos. Observamos redução na resistência insulínica, pelo aumento de 62,3% e 93,1% na taxa de infusão de glicose durante o clamp euglicêmico hiperinsulinêmico e redução de 61,1% e 56,6% no HOMA-IR, para RC e RP respectivamente. As assinaturas de expressão gênica no tecido adiposo subcutâneo (SAT) foram significativamente modificadas nas amostras de indivíduos dos grupos RC e RP. Observamos um aumento de expressão de mRNA principalmente em genes relacionados à função metabólica de adipócitos (Adipoq) e presença de nutrientes (AMPK, GCN2 e SIRT1). Não encontramos mudanças significativas na composição do microbioma intestinal após RP, embora 12 espécies, principalmente Firmicutes, tenham mudado consideravelmente. Nossos dados sugerem que a redução na ingestão de proteínas com um leve aumento na ingestão de carboidratos para manter o equilíbrio isocalórico da dieta é suficiente para melhorar o controle metabólico. A característica isocalórica da intervenção de RP torna essa abordagem uma estratégia dietética mais atrativa e menos drástica em ambientes clínicos e tem maior potencial para ser usada como terapia adjuvante no tratamento da síndrome metabólica. |