Análise do custo-efetividade do uso do stent farmacológico vs. stent não farmacológico na intervenção coronariana percutânea uniarterial no Sistema Único de Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pessoa, João Addison
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8649
Resumo: Pacientes submetidos à coronariografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que apresentam doença arterial coronariana (DAC) com obstrução grave podem ter indicação de intervenção coronariana percutânea (ICP) com implante de stents coronarianos, na dependência de angina ou isquemia miocárdica documentada por exames complementares. Devido aos custos dos stents farmacológicos (SF), a realidade do SUS impõe que a maioria desses pacientes seja submetida ao tratamento com o uso de stents não farmacológicos (SNF). Muitos deles apresentam lesões complexas ou comorbidades cujos resultados tardios seriam superiores com o uso dos SF quando comparados aos obtidos com SNF, principalmente no que se refere à reestenose. No presente estudo, foram randomizados na proporção 2:1, 231 pacientes (SF=77 e SNF=154), completando o seguimento após um ano 215 pacientes (SF=74 e SNF=141), com subsequente realização de análise prospectiva. Os resultados encontrados foram: no Grupo SF, a reestenose do stent foi 1,4% (n=1), revascularização da lesão-alvo: (RLA) 1,4% (n=1), nenhum caso de trombose de stent (n=0) e óbito: 1,4% (n=1). No Grupo SNF, a reestenose do stent foi 10,1% (n=14), revascularização da lesão-alvo: 7,3% (n=10), trombose de stent: 0,74% (n=1) e óbito: 2,1% (n=3). A partir dos resultados clínicos, foi realizada a análise econômica e estimada a razão de custo-efetividade incremental (RCEI), por reestenose evitada nos dois grupos. Na análise econômica, o custo do procedimento considerando reestenose evitada foi R$5 722,21 no grupo SF e de R$4 085,21 no grupo SNF. A diferença de efetividade a favor do grupo SF foi 8,7%, com uma RCEI de R$18 816,09. Concluiu-se que o SF comparado ao SNF não foi superior em relação aos eventos adversos maiores (infarto, morte), apresentando menor taxa de reestenose e revascularização de lesão- alvo. Considerando os valores pagos pelo SUS para o stent não farmacológico, o stent farmacológico é custo-efetivo em relação à reestenose evitada.