Docências, currículos e travestilidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Daniel Henrique de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18826
Resumo: O presente trabalho se propõe a pensar as/com as trajetórias escolares das professoras travestis e transexuais Sara Wagner York, Sayonara Naider Bonfim Nogueira, Flávia Silva Amorim e Natania Borges Costa, desde seus primeiros anos na escola, perpassando pelo ensino fundamental, médio e universidade chegando à docência. Argumenta que analisar as práticas docentes dessas professoras, amparado pelos estudos cotidianistas, dos currículos dissidentes, da pedagogia da desobediência, dos estudos de gênero, nos oportuniza reflexões valorosas sobre os processos de resistências, sobrevivências, opressões, insubordinações, reinvenções e criações produzidas por elas frente aos aparatos normalizadores que tentam enquadrar, subjugar e inferiorizar seus corpos. Por meio da produção de entrevistas, aqui entendidas como diálogos, foram tecidas narrativas que nos permitiram problematizar o engendramento do rosto docente socialmente fabricado, bem como os modos pelos quais as professoras em questão desconstroem rostidades, pondo em xeque a imagem padrão esperada do ser professora. Nesse sentido, a pesquisa se coloca como possibilidade de fabular com as normas, inventando outras possibilidades de existências, de docências e de currículos, desconformes com os moldes estabelecidos para serem seguidos, propondo alternativas insubmissas, auto representadas, auto pensadas, indóceis, rebeldes, que não conformam as tentativas aos discursos cisheterocentrados.