Tensões em torno das concepções de docência no processo de reformulação curricular de um curso de Pedagogia
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16639 |
Resumo: | Este estudo apresenta como objeto de pesquisa a análise das concepções de docência, sendo este conceito identificado como eixo central da formação do pedagogo. A investigação articula as concepções de docência às concepções de conhecimento, compreendendo que essa relação atravessa a reformulação curricular do curso de pedagogia. Esse processo incide sobre o pedagogo que se quer formar e seus espaços de atuação tão diversos. Ainda que seja clara a disputa entre os discursos, eles nos informam sobre concepções do que é qualidade da educação. Desse modo, busca-se compreender como os sentidos de docência, que tradicionalmente são disputados na formação do pedagogo, estão sendo compreendidos e negociados, e qual é o impacto dessa tensão no processo de reformulação curricular do curso de pedagogia da faculdade de educação pesquisada, à luz da abordagem do ciclo de políticas de Stephen Ball. Tal abordagem auxilia na análise das políticas educacionais, bem como enfraquece a ideia de hierarquização de políticas, considerando os diferentes contextos de produção, a ideia de circularidade das políticas e as reinterpretações que emergem das leituras, tornando-as negociáveis à sua elaboração. O processo de recontextualização por hibridismo permite compreender que a política, ao ser reinterpretada nos deslizamentos entre os contextos e textos, acaba por mesclar os discursos produzindo outros sentidos, sempre híbridos. A bricolagem desses discursos, tendo como centro um único conceito, garante a ambiguidade e a ambivalência dos documentos curriculares, que são representantes de negociações entre diferentes teorias e posições. Os processos de hibridização de sentidos emergem como resultado das múltiplas interpretações. Isso significa que, ainda que os processos de elaboração e atuação de políticas, via de regra, busquem estabelecer consensos e produzir fechamentos, os processos de hibridização, usualmente, terminam por esgarçar os limites desses consensos. Os entrevistados consideraram na conceituação de docência aspectos como o exercício de ensinar algo e, portanto, o pedagogo-docente seria o pedagogo-professor. Contudo, há um discurso de que pedagogo é um não docente, para estes a docência é desvinculada do conceito de gestão, como intuito de inclinar a formação do pedagogo para ser um especialista. Há ainda quem defenda que as atividades de professor extrapolam as atividades realizadas em sala de aula permitem forjar um novo pedagogo: o pedagogo/professor/gestor das ações educativas. Por fim, compreende-se que os diferentes discursos em disputa configuram cursos e percursos sobre os quais temos pouco controle. A partir de uma perspectiva pós-estruturalista, pensa-se o ser pedagogo-docente como uma gama de possibilidades que se colocam para a formação desse profissional. |