Análise das alterações da mecânica respiratória nos diferentes fenótipos na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e sua relação com desempenho funcional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Teixeira, Elayne de Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22670
Resumo: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracteriza-se por obstrução ao fluxo aéreo progressiva e pouco reversível, associada a um processo inflamatório constante das vias aéreas e pulmões, tendo como maior causa o uso do cigarro. É definida como bronquite crônica (BC) e enfisema (ENF), e recentemente alguns pacientes com características comuns são definidos como fenótipos da DPOC. A BC é definida pela presença de tosse com expectoração por mais de três meses em dois anos consecutivos. O ENF apresenta hiperinsuflação na radiografia de tórax, tosse seca e dispneia aos pequenos esforços. Um outro grupo de pacientes com DPOC vêm apresentando teste positivo ao uso do broncodilatador (BD), asma antes dos quarenta anos e história de tabagismo, caracterizados como fenótipo ACOS. O exame de espirometria pode identificar a DPOC, contudo, o exame requer esforço e compreensão do indivíduo. A Técnica de Oscilações Forçadas (FOT) avalia a função pulmonar de forma não invasiva através de respiração espontânea, permitindo avaliação mais detalhada do sistema respiratório. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar através da FOT as alterações da mecânica respiratória do paciente com DPOC e seus fenótipos, associando estas alterações a capacidade funcional. 83 voluntários foram distribuídos nos seguintes grupos: 20 no grupo controle (GC), 23 em ENF, 20 em BC e 20 em ACOS. Os pacientes realizaram espirometria, FOT, manovacuometria, teste de preensão manual e teste AVD-Glittre. Na espirometria todos os fenótipos apresentaram valores da relação VEF1/CVF diminuída em comparação ao GC. ACOS apresentou maior resposta ao BD, confirmando sobreposição asma-DPOC. Nos parâmetros resistivos da FOT, R4, R12, R4-R20 e R0 apresentaram valores significativos na comparação ao GC, além do parâmetro S que se mostrou mais negativo neste grupo. Na comparação pré BD entre ENF e ACOS em R4, R4-R20, R0 e S também foram significativos, bem como BC e ACOS em R4-R20, R0 e S. Na comparação pré e pós BD, ENF e ACOS apresentaram diminuição significativa em R4, R12 e R0, enquanto em R4-R20 e S, apenas ACOS apresentou redução. Nos parâmetros reativos da FOT foram vistos resultados mais negativos de Xm nos fenótipos, bem como menores valores de Cdin e maiores valores de fr, AXi e Z4 em comparação ao GC pré e pós BD. A fr apresentou redução apenas em ACOS. Não foram vistas diferenças significativas após uso do BD no grupo BC em nenhum dos parâmetros resistivos e reativos da FOT. Todos os fenótipos apresentaram alterações significativas quando comparados com valor predito nos testes de preensão manual e Manovacuometria. No teste de capacidade funcional houve aumento significativo no tempo realizado pelos fenótipos, quando comparados aos valores preditos. Através destes resultados foi possível observar que a FOT pode contribuir na identificação das alterações fisiopatológicas do sistema respiratório destes pacientes. O teste de capacidade funcional demonstrou que a doença pode impactar na qualidade de vida, diminuindo sua capacidade ventilatória. Além disso, foi visto que a ação do BD atua de maneira diferente em cada fenótipo da DPOC, comprovando maior necessidade em aprimorar a identificação destes fenótipos na prática clínica.