Avaliação genética nos diferentes fenótipos da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18396 |
Resumo: | A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracteriza-se por apresentação heterogênea e, recentemente, tem-se tentado subdividir os pacientes em diferentes fenótipos, sendo os principais: Exacerbador, Misto DPOC-asma e Enfisema hiperinsuflador. Diversos genes têm sido avaliados quanto à possível relação com DPOC, entretanto, polimorfismos associados a cinco desses genes têm apresentado resultados mais significativos: EPHX1, GSTP, CHRNA3 / 5, HHIP e FAM 13A. O estudo avaliou a presença de polimorfismos genéticos nos três diferentes fenótipos descritos acima. Recentemente, alguns polimorfismos genéticos têm sido implicados como prováveis fatores genéticos que aumentariam a susceptibilidade ao desenvolvimento da DPOC, porém sem associação com os diferentes fenótipos. O objetivo principal do estudo norteia a correlação de polimorfismos genéticos associados à DPOC com os diferentes fenótipos clínicos da doença. Os objetivos secundários incluíram a avaliação da presença dos principais polimorfismos genéticos descritos na literatura apesar do fenótipo dos pacientes, assim como tentar estabelecer a sua correlação com a gravidade da DPOC e com a carga tabágica. Comparar ainda a presença de polimorfismos genéticos entre os grupos DPOC e tabagistas sem obstrução ao fluxo aéreo. Estudo descritivo, observacional que analisou as variáveis supracitadas em pacientes com DPOC com os três diferentes fenótipos, e comparou com um grupo controle de indivíduos hígidos e outro de tabagistas sem obstrução ao fluxo aéreo. O grupo controle foi composto por 42 indivíduos, o de tabagista por 29 indivíduos. O grupo DPOC composto por 94 pacientes sendo 26 enfisema-hiperinsufladores, 14 misto asma/DPOC , 21 exacerbadores e 33 pacientes que não se encaixaram de forma pura em nenhum dos fenótipos e/ou não completaram todos os exames solicitados. Os pacientes, após assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foram submetidos ao questionário clínico, espirometria e exames séricos com avaliação de hemograma e pesquisa de polimorfismos genéticos através de técnica de PCR em tempo real e, posteriormente, técnica de sequenciamento genético. O grupo de pacientes com DPOC foi submetido à medida dos volumes pulmonares e da difusão com CO. Após análise dos dados relacionados ao objetivo principal do estudo identificou-se diferença estatisticamente significativa entre os fenótipos da DPOC quando se avaliou o polimorfismo rs 13118928. A presença do alelo A possivelmente relaciona-se com tendência a desenvolver fenótipo enfisema/hiperinsuflador e a presença do alelo G possivelmente não está relacionado a este fenótipo. Quando analisado objetivos secundários observamos diferença estatisticamente significativa nos dois polimorfismos do gene CHRNA3/5 quanto a predisposição a adição ao cigarro e no polimorfismo rs2234922 do gene EPHX1. Na análise de variáveis únicas considerando apenas pacientes DPOC observamos diferença estatisticamente significativa na CPT% em dois polimorfismos do gene HHIP. Na análise do número absoluto de eosinófilos séricos observamos diferença estatisticamente significativa no polimorfismo rs1829541 do gene HHIP. Este trabalho sinaliza a necessidade de mais estudos sobre o tema fato que será de extrema importância para um melhor entendimento e manejo da DPOC. |