Oscilometria respiratória, modelamento e capacidade funcional em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22543 |
Resumo: | A Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada por uma persistente limitação progressiva do fluxo aéreo associada a uma resposta inflamatória nas vias aéreas e no pulmão. As anormalidades funcionais associadas à DPOC causam dispneia aos esforços e redução da capacidade de exercício. O teste AVD–Glittre é um teste eficaz, de fácil aplicação, válido e confiável para avaliar a capacidade funcional na DPOC. A perda de força muscular está diretamente ligada ao desempenho físico, mobilidade e funcionalidade nesses pacientes. O teste de preensão manual mostrou-se válido na avaliação da força e é considerado barato, simples. A oscilometria respiratória avalia as propriedades mecânicas do sistema respiratório, através da análise da impedância, de forma não invasiva e necessitando de pouca cooperação. Neste contexto, o presente trabalho foi dividido em duas fases. Os objetivos da fase um foram analisar o potencial da oscilometria respiratória combinada com modelos respiratórios nas diferentes classificações da DPOC e determinar os melhores parâmetros para o diagnóstico dos diferentes estágios da doença. Já os objetivos da fase dois foram investigar a associação entre os parâmetros oscilométricos e as alterações das AVD–Glittre e o teste de preensão manual e avaliar a acurácia da oscilometria como preditor de capacidade funcional anormal na DPOC. As análises de acurácia diagnóstica forneceram evidências de que a histeresividade permitiu uma identificação de elevada exatidão em pacientes com alterações leves. Análises semelhantes em grupos de pacientes moderados e graves mostraram que a resistência periférica forneceu o parâmetro mais exato (AUC=0,898 e 0,998, respectivamente), enquanto em pacientes muito graves, os parâmetros tradicionais e derivados dos modelos foram capazes de atingir elevada exatidão diagnóstica (área sob a curva, AUC>0,9). A segunda fase do estudo mostrou inicialmente que indivíduos com capacidade funcional anormal apresentaram maior valor para resistência (p<0,05), área de reatância (p<0,01), módulo de impedância (Z4, p<0,05) e complacência dinâmica (Cdin, p<0,05) reduzidas quando comparados com indivíduos com capacidade funcional normal. Isso resultou em correlações significativas e consistentes entre os parâmetros oscilométricos resistivos (R=−0,43), Cdin (R=−0,40), Ax (R=0,42) e Z4 (R=0,41) com o desempenho do exercício. Além disso, os efeitos da limitação do exercício na DPOC foram adequadamente previstos (AUC), tendo R4-R20 (AUC=0,779) e Ax (AUC=0,752) como melhores parâmetros. Conclui-se que na fase um a oscilometria respiratória combinada com os modelos utilizados apresentou acurácia diagnóstica adequada nas diferentes classificações da DPOC. Já na fase dois a principal conclusão foi que os parâmetros oscilométricos estão associados ao desempenho anormal do exercício na DPOC e podem ajudar a predizer a queda no desempenho funcional desses pacientes |