A voz do Conselho federal de Medicina: da defesa da ética à ação corporativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Impagliazzo, Sandra Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21677
Resumo: O presente estudo apresenta a construção do discurso que o Conselho Federal de Medicina ergue com relação à medicina e ao médico, na hipótese de que este discurso se organiza ao redor de um projeto hegemónico que o CFM traz para a corporação médica. Para se atingir esse objetivo, utilizou-se os conceitos da sociologia das profissões, especialmente os pressupostos de Eliot Freidson a respeito dos valores da profissão médica. Como instrumento metodológico foi utilizado o método de análise de conteúdo proposto por Laurence Bardin. Com base nesta metodologia, foi analisada a seção denominada "CFM" do Jornal Medicina do Conselho Federal de Medicina, em suas edições de 1997. Ao final do estudo, concluiu-se que o perfil de médico que o CFM propõe como ideal, é de um profissional com atribuições múltiplas - sociais, políticas, éticas, científicas, corporativas. Os maiores problemas a serem enfrentados pelo médico, de acordo com o discurso do CFM, seriam a saúde sendo guiada pela lógica de mercado, a organização da corporação médica como um grupo heterogêneo e o mundo do trabalho cada vez mais precário. Seu discurso dá destaque aos atributos e valores tradicionais da profissão médica, sendo com principal ênfase na autonomia profissional. Além disto, destacou-se que o CFM, em nome da defesa do exercício ético da medicina, acaba por constmir 1llrul estratégia de defesa da corporação médica, nos moldes das organizações de classe do tipo sindical.