Eurípides e o rito teatral para além da crítica nietzschiana
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22158 |
Resumo: | O presente trabalho possui como escopo a investigação acerca do rito inicial teatral sobre o qual se funda a obra de Eurípides e, por meio dos poemas trágicos, sua relação com a filosofia, ressaltando-se o período histórico no qual se insere a obra euripidiana, não se podendo furtar de se fazer alusões aos dois outros grandes tragediógrafos da Grécia antiga, Ésquilo e Sófocles que, junto a Eurípides, formam o cânone da tragédia grega clássica que influenciou e ainda reflete suas luzes sobre o mundo contemporâneo. Ao longo do percurso investigatório sobre o movimento teatral-filosófico de Eurípides, alicerçado nos mitos gregos, que precederam a filosofia, mas que, incorporados àquela produção teatral do trágico, dialogam, inexoravelmente, com o pensamento estético- artístico-filosófico contemporâneo, o que se observa por meio de um arco histórico que trabalha com ambas extremidades da referida tradição, objetivando responder os questionamentos acerca da relação que o pensamento teatral-filosófico contemporâneo possa estabelecer com o teatro de Eurípides desenvolvido na Antiguidade grega. Respeitadas as diferenças colossais identificadas entre os polos do arco histórico dos pensamentos antigo e contemporâneo, apesar das correlações existentes, passando mais especificamente pelas análises estéticas de Platão, Aristóteles e Nietzsche, com sua expressa crítica ao socratismo e ao platonismo, almeja-se, como corolário, enxergar o teatro de Eurípides para além da crítica nietzschiana, por meio da análise de suas obras e personagens centrais, ressalvando-se a característica de animal histórico do ser humano, por meio do jogo da identidade e diferença histórica, pela qual se pode traçar a anamnese das personagens com a consciência de que se pode ser, ao mesmo tempo, o mesmo ser humano (homem/mulher), mas, paradoxalmente, nunca sendo o mesmo ser humano, mas com a consciência de que a historicidade do ser humano é o reflexo da história de suas palavras, portanto, de sua significação. |