Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Silva, Fernando Crespim Zorrer da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8143/tde-26102007-154041/
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Resumo: |
A tragédia Hipólito de Eurípides é lida e analisada, sob o aspecto da paixão e sob as diversas perspectivas em que essa paixão se reflete e refrange. Hipólito incorre em hybris ao tratar a deusa Afrodite como a uma mulher mortal, pois não compreendeu que essa divindade deve ser respeitada e exige honras. Fedra apresenta-se como uma mulher que, dominada pela paixão por seu enteado Hipólito, incessantemente busca evitá-la e livrar-se dela; contudo, a rainha oscila nesse desejo amoroso, pois suas falas delirantes revelam desejos eróticos ocultos. Dotada de capacidade reflexiva e especulativa sobre a ação humana, ela é, no entanto, enganada pelo sofisticado discurso de sua aia. Examina-se ainda o longo discurso de Hipólito, que o mostra a odiar as mulheres e a desejar ora que não existissem, ora que não empregassem a linguagem verbal. A carta, deixada por Fedra ao suicidar-se, encontrada junto a seu cadáver, ganha, com a morte, ressonância como ponto de apoio da acusação contra Hipólito. Teseu comporta-se como um mau leitor desse documento e de seu contexto, ao pronunciar um injusto julgamento. A tradução, que acompanha o presente estudo analíticointerpretativo, serve-lhe tanto de fundamentação quanto de complemento e de esclarecimento, por ser-lhe simultânea na sua gênese e solidária na sua intenção. |