O teatro euripidiano a partir da encenação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pereira, Luiz Guilherme Couto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8143/tde-07102022-170008/
Resumo: O presente trabalho compreende a encenação como parte constitutiva da obra trágica, sendo portanto parte do processo criativo do tragediógrafo, que oferece orientações para sua execução por meio de rubricas internas por toda a sua obra. O objetivo do presente trabalho é avaliar, usando como estudo de caso a análise de três tragédias de Eurípides - Medeia, Íon e Orestes, se no resgate da encenação original através de uma leitura sistemática do texto trágico é possível identificar traços que caracterizem o espetáculo como tipicamente euripidiano, ou se a identidade do tragediógrafo só é aferível quando a obra é entendida como um texto escrito. O método utilizado foi a leitura do texto original, com especial atenção dedicada para tudo aquilo que pudesse ser reconhecido como uma rubrica interna, desde anúncios nas entradas de personagens em cena até o uso de vocativos e dêiticos, buscando reconhecer traços que remetessem àquilo que se entende como o fazer poético típico de Eurípides. A análise resultou em três obras relidas com claros elementos de encenação tipicamente euripidianos, trazendo por conclusão a tese de que a identidade do tragediógrafo é aferível a partir da performance da tragédia, não apenas da leitura da versão escrita da sua obra.