Perspectivas descoloniais e o direito dos povos indígenas ao conentimento prévio
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Direito BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Direito |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/9409 |
Resumo: | O presente trabalho é uma análise exploratória do debate sobre o direito dos povos indígenas na América Latina - enquanto sujeitos de direitos - ao consentimento livre, prévio e informado a respeito de projetos de exploração econômica que os estados pretendam realizar em terras ancestrais, à luz de conceitos e categorias trazidos pelos estudos descoloniais. Os estudos descoloniais trazem perspectivas de autores e ativistas latino-americanos e indígenas que, a partir de uma desobediência epistemológica , ressignificam conceitos que aparecem como fixos e naturalizados no discurso ocidental moderno que regula os direitos dos povos indígenas, como soberania e estado-nação . Inserir essas perspectivas outras no debate pode ajudar a reconfigurar o relacionamento entre povos indígenas e estado, possibilitando diálogos inter-epistêmicos. A tentativa é de repensar os limites dos conhecimentos ocidentais modernos, do estado-nação e de teorias políticas que presumem a necessidade de inclusão de povos e comunidades tradicionais a uma sociedade dominante e a instituições de cuja criação eles não participaram e que, por sua vez, não levaram em conta sua existência e suas vozes. Assim, os estudos descoloniais dialogam com esses sujeitos descoloniais para pensar o direito ao consentimento prévio, visto como um aspecto importante da reivindicação indígena por direitos epistêmicos. Algumas experiências latino-americanas resultantes de mobilizações indígenas já vêm sendo indicadas, especialmente articuladas em torno dos quatro eixos principais tratados ao longo do presente trabalho: identidade, territorialidade, autonomia e uma visão crítica de desenvolvimento . |