Implicações do magmatismo nageração e migração de hidrocarbonetos na Bacia do Parnaíba, Brasil, a partir da Modelagem 1D de sistemas petrolíferos
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17859 |
Resumo: | A Bacia do Parnaíba é considerada uma bacia de fronteira exploratória, com uma história de sucesso exploratório recente, mas já representa o quarto lugar entre as bacias com maior produção de gás natural por dia. O sistema petrolífero estabelecido para as principais acumulações de gás é enquadrado nos sistemas denominados atípicos, ainda pouco compreendidos, devido a influência de soleiras na maturação térmica da rocha geradora, na geração e migração de hidrocarbonetos, além de formar o selo e a trapa para as acumulações. A principal rocha geradora e foco do estudo é a Formação Pimenteiras, que foi caracterizada por Rodrigues (1995), sendo reconhecidos três intervalos geradores A, B e C, contando ainda com o intervalo D, que é menos caracterizado. Utilizando análises geoquímicas e dados de poços, localizados na porção centro-norte da bacia, e com o programa de modelagem 1D, Silli 1D, inicialmente, foi avaliada a qualidade, distribuição e maturação térmica dos intervalos geradores da formação e em seguida, foram definidos três poços para a realização da modelagem 1D. Cada poço representa um cenário de maturação térmica dos intervalos geradores e junto com os registros de óleo e gás nos poços, foram avaliados os efeitos térmicos causados por múltiplas intrusões na Formação Pimenteiras e o resultado do quadro de geração, retenção e expulsão de óleo e gás. Os mapas de espessuras e COT residual dos intervalos geradores mostram espessuras suficientes para serem considerados intervalos com excelente potencial gerador e com uma boa distribuição na bacia. Mapas de maturação térmica, visto através da reflectância da vitrinita indicam que na região central, onde estão concentradas as maiores quantidades de soleiras na Formação Pimenteiras, há uma maturação predominante para geração de gás, com maior degradação do COT. Conforme segue em direção ao norte-noroeste, há menor maturação térmica e maior potencial para geração de óleo, além de maior teor de COT residual. O melhor ajuste entre os dados dos poços e o resultado da modelagem térmica foi assumindo que as intrusões ocorreram seguindo intervalos de 30.000 anos, a partir da entrada da primeira soleira em 201,25 Ma, e esta primeira soleira, foi a mais profunda no empilhamento estratigráfico. O mais avançado estágio de maturação térmica é alcançado principalmente nas zonas onde há interação dos efeitos térmicos de múltiplas soleiras e nas simulações em que o as intrusões são simultâneas ou com intervalo de tempo entre as intrusões igual ou menor que 10.000 anos. Os principais fatores que influenciaram na história de evolução térmica dos intervalos geradores foram as espessuras e quantidade das intrusões, as distâncias relativas das soleiras, o pré condicionamento térmico da rocha encaixante e a ordem cronológica das intrusões. As implicações destes fatores são observadas nos volumes de geração, retenção e a capacidade de expulsão de óleo e gás da rocha geradora, apresentando na maioria dos modelos, um aumento significativo do volume óleo craqueado para gás, através do craqueamento secundário, onde grande parte deste volume de gás é expelido da rocha. Os intervalos geradores em zonas mais distantes das soleiras, apresentam menor craqueamento secundário e a maior parcela do óleo gerado, fica retido na rocha geradora. |