O Potencial de geração de hidrocarbonetos na Formação Pimenteiras, Bacia do Parnaiba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mussa, Agostinho
Orientador(a): Kalkreuth, Wolfgang Dieter
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/266389
Resumo: A Formação Pimenteiras (Devoniano), Bacia do Parnaíba é a principal geradora com potencial para gerar hidrocarbonetos, principalmente gás natural. O sistema petrolífero que occore nesta bacia é não convencional ou atipico em que a subsidência não foi suficiente para a maturação da matéria orgânica. Assim sendo, as intrusões ígeneas que ocorrem nesta sequência foram importantes para a maturação da materia orgânica. A Formação Pimenteiras se enquadra na sequência Mesodevoniana- Eocarbonífera constituida por folhelhos cinza-escuros a pretos, esverdeados, em parte bioturbados, radioativos e ricos em matéria orgânica e que representam a ingressão marinha mais importante da bacia. Assim, este trabalho surge com o propósito de aprofundar e aprimorar o potencial de geração de hidrocarbonetos da bacia usando os parâmetros organopetrográficos e organogeoquímicos. Foram selecionados poços perfurados pela Petrobras e pela empresa OGX, que atravessam a Formação Pimenteiras. Os 32 poços da Petrobras selecionados, cujos dados foram disponibilizados pela BDEP/ANP, contendo os dados geoquímicos de COT e Pirólise Rock-Eval e os da OGX foram três poços cujas amostras eram em calha, secas e não lavadas. Nestes poços foram usados os parâmetros geoquímicos (COT, Pirólise Rock- Eval, Difração de raios X, Análise Elementar), Petrográficos (identificação de macerais, medição da reflectância da vitrinita e palinofácies,) testes de adsorção de metano e teor de umidade. Os resultados obtidos mostram que o COT é de um modo geral classificado de bom a excelente em termos de potencial de geração de hidrocarbonetos (HC) devido a boa preservação da matéria orgânica. Os valores de S1 e S2 seguem o mesmo padrão verificado no COT e o Tmax oC na maioria das amostras é considerado imaturo. Os valores de índice de hidrogênio (HI) demonstram a presença de querogênios do tipo II e III, com potenciais para a geração de òleo e gás. O tipo de querogênio é característico de ambientes deposicionais continental e marinho, facto que vai de acordo com os resultados da análise elementar. A ocorrência de argilominerais como a ilita pode estar relacionado aos processos diagenéticos e térmicos das intrusões ígneas. A caulinita pode estar relacionada com alteração dos k-feldspatos, ao passo que a clorita que ocorre isoladamente perto das intrusões e nos metassedimentos bem como o talco pode indicar processos de metamorfismo que teriam ocorridos na bacia ao longo do período geológico. A gipsita pode resultar dos processos evaporíticos enquanto que o quartzo, mica, clorita, k-feldspato, a calcita e o plagioclásio é devido á variações litológicas que ocorrem ao longo da Formação Pimenteiras. A ocorrência de hematita e pirita pode estar relacionada a processos de transição de ambientes redutores e oxidantes. A refletância da vitrinita é abaixo de 1,0% Rrandom classificado de imaturo á maturo. A presença de muitos fitoclastos, matéria orgânica amorfa (MOA) e palinomorfos são constatados nos resultados de palinofácies sugerindo ambientes deposicionais continental e marinho. Os testes de adsorção de metano indicam que a Formação Pimenteiras tem a capacidade de adsorção de metano apesar da influência negativa de altos conteúdos de umidade, cinzas e a ocorrência dos argilominerais descritos.