Impacto clínico da infecção porAchromobacter xylosoxidans na fibrose cística
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8609 |
Resumo: | A frequência de infecção por Achromobacter xylosoxidans na fibrose cística, tem aumentado nos últimos anos. Porém, o impacto clínico da infecção por este microrganismo ainda é controverso. Este estudo retrospectivo teve como objetivo avaliar o impacto clínico da infecção por A. xylosoxidans em três grupos de pacientes com fibrose cística: indivíduos infectados cronicamente (n = 10), intermitentemente (n = 15) e nunca infectados por A. xylosoxidans (n = 18), todos infectados cronicamente por Pseudomas aeruginosa. Os três grupos foram transversalmente avaliados em dois momentos: no momento da infecção pelo A. xylosoxidans (M1) e 2 anos depois (M2). O grupo nunca infectado para A. xylosoxidans foi pareado com os outros dois grupos por idade (±1 ano) e sexo. Características demográficas, dados clínicos, de função pulmonar, e coinfecções bacterianas crônicas foram avaliados. Da população total do estudo, 87% tinham menos de 18 anos e 65,1% eram do sexo feminino. Os indivíduos cronicamente infectados por A. xylosoxidans tiveram menor valor de volume expiratório forçado no primeiro segundo desde o ínicio do estudo (51,7% no grupo com infecção crônica, 82,7% no grupo com infecção intermitente e 76% no grupo não infectado) e maior frequência de coinfecção por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (P = 0,002). Em 2 anos, a queda da função pulmonar não foi significativa em nenhum dos três grupos, embora tenha sido observada tendência à diminuição significativa no grupo cronicamente infectado por A. xylsosoxidans. A média anual de hospitalizações também foi maior neste grupo (P = 0,033). Em suma, neste estudo a infecção por A. xylosoxidans foi mais frequente nos pacientes pediátricos (<18 anos) e a função pulmonar do grupo cronicamente infectado por este microrganismo foi pior do que a dos outros grupos desde o início do estudo. No entanto, não detectamos impacto clínico, com exceção da maior frequência de hospitalizações em pacientes cronicamente colonizados por A. xylosoxidans. |