Achromobacter spp na Fibrose Cística: Identificação das espécies, susceptibilidade a antimicrobianos e atributos de virulência
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14372 |
Resumo: | O gênero Achromobacter, sobretudo, A. xylosoxidans, tem se destacado como um importante patógeno pulmonar relacionado à Fibrose Cística (FC). A identificação das espécies é dificultada pela similaridade fenotípica e genotípica entre elas, o que pode subestimar a real frequência e o significado das diferentes espécies. Fatores relacionados à virulência e resistência a antimicrobianos são pouco conhecidos. O objetivo deste estudo foi comparar diferentes metodologias para a identificação de espécies de Achromobacter spp; analisar os perfis de resistência a antimicrobianos; e estudar atributos de virulência (biofilme e tipos de motilidades) em amostras isoladas de pacientes com FC, atendidos em dois centros de referência do Rio de Janeiro. Foram analisadas 129 amostras de Achromobacter spp obtidas de 38 pacientes. As amostras foram identificadas por testes fenotípicos, por sequenciamento anterior do gene rrs e por PCR para detecção do gene blaOXA-114-like, intrínseco de A. xylosoxidans. A relação clonal foi avaliada por Eletroforese em Campo Pulsado (PFGE). Os testes fenotípicos e o sequenciamento identificaram 93,8% (n=122) das amostras como A. xylosoxidans, uma como A. denitrificans. e sete foram identificadas apenas em gênero. As 122 amostras foram positivas para o gene blaOXA-114-like. O PFGE mostrou 22 grupos clonais. Foram selecionadas 63 amostras, representativas de cada grupo clonal por paciente, para a identificação por Analise de Restrição de DNA ribossomal amplificado (ARDRA). Todas as amostras foram identificadas: 56 (88,9%) A. xylosoxidans, uma (1,5%) A. denitrificans, três A. insolitus (4,8%) e três (4,8%) como A. piechaudii. A maioria (n=101) das 122 amostras de A. xylosoxidans foi forte produtora de biofilme (BF) e apresentou motilidade do tipo swimming (n=118; 96,7%) e swarming (n=99; 81%). Todas as amostras positivas para swarming também foram positivas para swimming. Houve significância entre produção de BF e os tipos de motilidades, sugerindo que estes possam favorecer a produção de BF. As amostras de A. não xylosoxidans, em sua maioria, foram BF, com concomitância dos tipos de motilidades. Das 122 amostras de A. xylosoxidans submetidas à CIM por E-test®, a maioria foi sensível a ceftazidima, imipenem, ciprofloxacin (CIP) e sulfametoxazol/trimetoprim (SUT), Entretanto, 46% das amostras foram não sensíveis a CIP. As sete amostras de A. não xylosoxidans foram sensíveis aos antimicrobianos testados. As 129 amostras de Achromobacter spp foram negativas para os genes blaSPM1, blaVIM 2 e blaKPC2. A distribuição de marcadores de resistência entre os grupos clonais de A. xylosoxidans isolados de pacientes com colonização crônica, mostrou que a resistência a CIP e SUT foram os marcadores de maior ocorrência dentre os grupos clonais. Independente da técnica molecular empregada A xylosoxidans foi a espécie predominante, entretanto não é excludente o envolvimento de espécies emergentes nesse cenário, uma vez que todas mostraram perfil de virulência semelhante a espécie predominante. |