A distopia teocrática por diferentes ângulos: o impacto da escolha das narradoras na representação de Gilead
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20353 |
Resumo: | Quando caiu a quase zero o índice de natalidade na região conhecida como Estados Unidos, um grupo teocrático tomou o poder, instituindo a nova República de Gilead e implementando medidas drásticas para promover o bem-estar e garantir o futuro da sociedade — essa é a premissa do romance distópico O conto da aia (1985), da autora canadense Margaret Atwood. A partir do ponto de vista da personagem Offred, enxergamos uma realidade que, no entanto, não condiz com a mensagem de progresso propagada pelo regime. Mais de três décadas depois, Atwood publicou Os testamentos (2019), uma segunda obra que se passa no mesmo universo fictício, porém dessa vez trazendo outras três mulheres como narradoras, cada uma delas desvelando ao leitor como sua história de vida se entrelaçou aos eventos de Gilead. Nessa comunidade em que mulheres não têm voz, conhecer a perspectiva feminina é salvar o passado ao revelar rastros, segundo uma leitura benjaminiana. Perpassando por conceitos que relacionam memória, nacionalismo e religião, nossa proposta neste trabalho é, portanto, reunir os fragmentos deixados pelas quatro narradoras e entender como as lembranças que elas criam constroem, ao mesmo tempo, sujeitos e Histórias diversas de Gilead |