Práticas alfabetizadoras de professoras do sistema penitenciário de Ponta Grossa — PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Luana Karoline Pieckhardt Santos de lattes
Orientador(a): Cartaxo, Simone Regina Manosso lattes
Banca de defesa: Nörnberg, Marta lattes, Paula, Lucimara Cristina de lattes, Peroza, Marilúcia Antônia de Resende lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Departamento de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3815
Resumo: Esta pesquisa tem como objeto de estudo as práticas alfabetizadoras das professoras que atuam no sistema prisional de Ponta Grossa – PR. O objetivo geral foi analisar o relato das professoras sobre as práticas pedagógicas utilizadas por elas para alfabetizar educandos privados de liberdade nas unidades prisionais da cidade. Como objetivos específicos foram definidos: identificar as práticas alfabetizadoras utilizadas pelas professoras nos espaços formativos do sistema prisional, bem como, identificar a concepção de homem, mundo e educação presente nos documentos que regulamentam as práticas das professoras com os educandos privados de liberdade nas unidades prisionais de Ponta Grossa – PR. O campo de pesquisa foi a Penitenciária Estadual de Ponta Grossa com a participação de duas professoras alfabetizadoras que atuam no sistema prisional há mais de 10 anos. A pesquisa, de abordagem qualitativa, realizou a análise documental e a abordagem do Ciclo de Políticas (Mainardes, Stephen J. Ball e colaboradores) e os relatos comunicativos e os grupos de discussão comunicativos, considerando os pressupostos de análise fundamentados na Metodologia Comunicativa de Investigação (GOMÉZ et al. 2006; 2012) fundamentada na Teoria da Ação Comunicativa de Habermas (1987) e na Ação dialógica de Freire (1997). A análise de dados obtidos foi embasada em referenciais teóricos como Freire, Macedo (2021), Braga, Gabassa, Mello (2012), Carvalho, Guimarães (2013), Julião (2016) e Goffman (1974). Os resultados indicam que: as concepções sobre a educação prisional trazem os pressupostos da EJA influenciados pelo pensamento de Paulo Freire; a educação como direito assegurado e geradora de mudanças significativas na vida de todos os sujeitos é ainda algo a ser alcançado na prática; as práticas alfabetizadoras das professoras buscam ensinar os homens privados de liberdade a ler e a escrever de forma competente e autônoma para se inserir na sociedade; as práticas apontam para o compromisso das docentes com aulas que buscam assegurar o direito de aprender dos alunos a partir das suas experiências nas salas de aulas nas prisões.