Exílio e maternidade em O Filho da Mãe, de Bernardo Carvalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Sandra Augusto lattes
Orientador(a): Pacheco, Keli Cristina lattes
Banca de defesa: Moraes, Eunice de lattes, Valdati, Nilceia lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
Departamento: Departamento de Estudos da Linguagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4023
Resumo: Este trabalho objetiva uma análise das relações estabelecidas entre as experiências relacionadas à maternidade e o exílio no romance O Filho da Mãe (2009), de Bernardo Carvalho. Para análise destas relações, partimos, sobretudo, dos pressupostos teóricos de Alexis Nouss que toma o exílio como um processo para além do fenômeno social, considerando-o sob uma perspectiva da “experiência humana”. Partimos da hipótese de que as experiências vivenciadas pelas mulheres da trama afetem as suas condições exílicas e/ou de seus filhos. Percebemos que todas encontram no desvio de um ideário de maternidade um movimento comum, mas que apesar disso nos proporciona a percepção de como a questão da maternidade é experienciada de forma singular por elas. Para organização de escrita e raciocínio, o trabalho evidencia três momentos: a experiência de expatriação de Bernardo Carvalho que gestou o romance de 2009 e os sentimentos de medo e desamparo que foram tão significativos para a construção dos personagens; a montagem/construção narrativa do romance que opera com estratégias de focalização nas ações e sentimentos dos personagens; e, enfim, as trajetórias das mulheres - marcadas pelo desejo de salvação e pelo sentimento do medo - e dos filhos centrais da trama - marcadas pelo signo da ausência e pelo sentimento do desamparo. Para percorrer estes três momentos, foram válidos os posicionamentos teóricos de estudiosos - além de Alexis Nouss - como Adenize Franco (2013), Beatriz Resende (2008, 2010, 2014), Edward Said (2003, 2005), Eva Heller (2013), Florencia Garramuño (2014), Karl Schollhammer (2011), Michel Maffesoli (2003), Pacheco (2021, 2022), Stuart Hall (2005), Zygmunt Bauman (2005, 2009), dentre outros.