O samba e o rap como espaços de palavralização afrodescendente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Barbosa, Líbia Leaby Leite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Humanidades - CH
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação Profissional em Letras - PROFLETRAS
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3395
Resumo: A presente pesquisa partiu da necessidade de inserção de elementos histórico-culturais afrodescendente nas aulas de Língua Portuguesa do ensino fundamental, visto que a escola ainda enfrenta inúmeras dificuldades em introduzir tais aspectos em suas práticas, e muitas vezes, vai de encontro ao que é estabelecido na Lei 10.639/03. Elaboramos uma proposta interventiva baseada na Sequência Básica, de Rildo Cosson (2014), que foi desenvolvida de forma adaptada em uma turma do 9º ano de uma escola do município de Duas Estradas, Paraíba. Para tanto, trabalhamos com o gênero textual/discursivo Letra de Música inserido nos gêneros musicais Samba e Rap tomando por base algumas produções dos artistas Mano Brown e Jackson do Pandeiro, as quais estão voltadas para o sujeito afrodescendente e a questão do espaço que lhe é concedido como forma de enunciação, identificação e atuam como subversão a práticas de exclusão no meio social. Os objetivos da proposta consistiram em formular espaços para o reconhecimento e valorização das heranças africanas, que foram essenciais para a formação da sociedade brasileira, despertar nos discentes a sensibilidade causada pela alteridade, como também possibilitar o desenvolvimento da consciência crítica e autonomia. Os dados foram gerados por meio de registros resultantes de diálogos gravados, produções escritas, leitura e outros procedimentos relevantes para a análise. Como embasamento teórico, abordamos as concepções de Bakhtin (1997) e Marcuschi (2008), as quais concebem a linguagem por uma perspectiva dialógica, pautamo-nos nas percepções de Hall (2009) para compreendermos os conceitos de cultura e identidade, fundamentamo-nos em estudiosos como Munanga (2005), Santos (2016) e Lopes (2015), que abordam questões étnico-raciais e em discussões a respeito do caráter social das práticas de letramentos em Rojo (2009) e Souza (2011), entre outros. As atividades desenvolvidas resultaram na ampliação das percepções de mundo relacionadas à equidade, respeito e tolerância.