A construção do sujeito Queer em narrativas literárias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Chaves Neto, Oziel Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3277
Resumo: O objetivo desta pesquisa é investigar os modos pelos quais autores modernos construíram suas personagens e quais suas relações com os postulados da teoria queer. O problema surgiu ao tomarmos conhecimento de uma coleção chamada A fantástica literatura queer, e notarmos que suas narrativas fugiam das políticas não indentitárias da teoria supracitada, direcionando seus contos para uma perspectiva LGBT. Portanto, decidimos investigar como os escritores desta coleção enxergaram o queer na construção de suas narrativas/personagens. A hipótese levantada é de que a coleção que se rotula queer, tomando por base a teoria que se tornou muito popular nos últimos anos, na verdade restringe-se a uma temática LGBT. Propusemos também, em textos literários fora da coletânea, analisar sob um ponto de vista queer, em enredos que precedem a invenção da teoria, como obras de autores como Oswald de Andrade e Virginia Woolf se comportam diante de tal perspectiva. Portanto, acreditamos que nosso trabalho repercutirá no modo como o escritor/leitor contemporâneo encararia o queer em textos literários. Para isso fundamentamos nossa pesquisa em Judith Blutler (2002; 2003; 2013), pensadora que escreveu o livro considerado um dos marcos iniciais dos estudos queer: Gender Trouble (1990); Richard Miskolci (2015), autoridade da teoria no Brasil; Beatriz Preciado (2010; 2014), que escreveu o inovador Manifesto Contrassexual e a noção de multidões queer; Jacques Derrida (2008), com seu conceito chave de desconstrução, entre outros autores. Esperamos com isso observar como escritores contemporâneos veem o queer e como obras anteriores à teoria se comportam diante de sua contemporaneidade. Concluímos o trabalho encontrando visões diversas acerca do queer, no tocante aos textos que analisamos, e uma infinidade de direcionamentos que os estudos da teoria poderiam projetar para o futuro.