Escrituras do corpo: leituras de uma poética queer Niterói

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Ruan Nunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16590
Resumo: Propõe-se analisar nesta tese as formas pelas quais o corpo é interpretado dentro de uma poética queer. Compreendendo que a teoria queer já é um fértil terreno em estudos acadêmicos, sublinha-se aqui a necessidade de problematizá-la em seus diálogos com outros campos epistemológicos para enfim formular e desenvolver a discussão de uma poética queer, compreendida aqui como modos de interpretação derivados de questionamentos da própria teoria queer. Problematizar a prática interpretativa é, portanto, parte central de uma poética queer e, seguindo as contribuições de teóricos como Peter Lamarque e Eve Kosofsky Sedgwick, sinaliza-se que a leitura literária pode ser pluralista e reparativa em lugar de monista e paranoica. Uma vez que a prática interpretativa é vista em diálogo com outros campos teóricos, pode-se pensar o corpo como elemento-chave quando interpretado à luz das discussões de nomes como Suely Rolnik, Susan Sontag, Paul B. Preciado e Judith Butler, revelando importantes processos de desterritorialização e reterritorialização dos significados do corpo. Assim, novos sentidos são produzidos em textos previamente lidos paranoicamente, como sugere Eve Kosofksy Sedgwick, e é a partir desta frutífera atividade interpretativa que a produção literária será abordada e investigada. Nomes já canônicos como Charlotte Brontë, James Baldwin e Virginia Woolf dividem espaço com nomes menos estudados na academia (mas igualmente importantes) como David Leavitt, Juliet Jacques e Nella Larsen, destacando o objetivo de ressignificar não apenas leituras contemporâneas, mas também textos pertencentes ao cânone e, por vezes, lidos como intocáveis