O Sertão de Amaro Leite no século XIX
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado Territórios Expressões Culturais do Cerrado Brasil UEG Programa de Pós-Graduação em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (PPG-TECCER) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/992 |
Resumo: | O objetivo desta pesquisa foi analisar a trajetória do Sertão de Amaro Leite com base em diferentes discursos: científico (Pohl e Castelnau), militar (Cunha Mattos) e administrativo (relatórios dos presidentes da província), construídos ao longo do século XIX, o que permitirá aumentar o conhecimento sobre uma região ainda pouco estudada. O Sertão de Amaro Leite, no século XIX, correspondia a uma grande área localizada na porção central da Capitania/Província de Goiás. A pesquisa se amparou na historiografia goiana, buscando um sentido para as ações empreendidas na região. Os resultados a que cheguei me possibilitam perceber que, ao contrário do propalado isolamento que teria predominado ao longo do século XIX, o Sertão do Amaro Leite constitui uma região dinâmica e integrada aos acontecimentos da Província, do Império e do mundo. Sua importância durante parte do século XIX transcende seus próprios limites, motivo pelo qual a sua conquista foi efetivamente buscada ao longo de décadas por sucessivos governantes. Conquistar o Sertão passava necessariamente pela dominação dos povos indígenas que o habitavam, motivo que norteou todas as demais ações, inclusive a Colonização Militar, política de ocupação territorial que promovia a defesa das fronteiras e o controle de vastas regiões mediante o enfrentamento aos inimigos internos e externos. Essa política foi viabilizada na Província de Goiás pela implantação dos Presídios Militares. Cheguei à conclusão que o Sertão de Amaro Leite, durante todo o século XIX, como grande parte da Província ante o declínio da mineração, se amparou na pecuária. Em virtude desse redirecionamento e de sua posição estratégica, sofreu inúmeras intervenções orientadas pelo governo imperial e que tiveram como resultado o aumento gradativo de sua população não indígena, ao mesmo tempo em que a população indígena era vertiginosamente diminuída, como parte de uma estratégia de integração nacional. |