Dom Arcoverde: o Cardeal dos Sertões 1870-1922

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Socorro farias de Vasconcelos Leite, Marjone
Orientador(a): Maria Brandão de Aguiar, Sylvana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7832
Resumo: O ponto principal da nossa investigação histórica é a análise do processo político eclesiástico que culminou com a nomeação de D. Arcoverde como o primeiro cardeal da América Latina, processo este que ocorreu num momento de transição política em que o Estado Brasileiro encontrava-se institucionalmente separado da Igreja Católica por ocasião da Proclamação da República. Na Historiografia Brasileira, destacamos as relações políticas entre o Estado Brasileiro, a Igreja Católica do Brasil e a cúpula da Igreja Católica em Roma, dentro de um contexto da romanização do Catolicismo brasileiro no período que vai de 1870 a 1922. A partir da análise de fontes primárias, muitas delas inéditas, sistematizadas no Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano, no Arquivo da Cúria Metropolitana de Recife e Olinda, no Arquivo da Cúria do Estado de São Paulo e documentos referentes as autoridades civis da Chancelaria brasileira, julgamos que mesmo o Estado Brasileiro encontrando-se secularizado, enceta uma campanha acirrada para a conquista do cardinalato, com altíssimos custos financeiros. Do ponto de vista metodológico, acreditamos que nosso estudo circunscreve-se no âmbito da História Social, onde foi necessária a utilização de conceitos como o de circularidade histórica discutido por Carlo Ginzburg e Mikhail Bakhtin; disciplinamento social para Michel Foulcault e biografia como construção do sujeito social. Do que foi argumentado, é possível compreender que mesmo separada oficialmente do Estado, a Igreja Católica no Brasil, na alvorada republicana, continuou detentora de poderes e benefícios muito especiais