Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
SOUSA, LINDEMBERG CARANHA DE |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=94394
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Resumo: |
A Lutzomyia longipalpis é o principal vetor de Leishmania chagasi Cunha e Chagas<br/>(1937), agente etiológico da leishmaniose visceral americana (LVA). A LVA é uma<br/>doença infecciosa, causada por protozoários do gênero Leishmania. Devido à sua<br/>crescente expansão no Brasil, objetivou-se descrever o comportamento da fauna de<br/>flebotomíneos, em especial, analisar a distribuição sazonal da Lutzomyia longipalpis,<br/>em área endêmica de LVA, classificada como área de transmissão intensa alta.<br/>Foram selecionados 22 pontos. Durante quatro noites consecutivas por mês, num<br/>período de 24 meses capturas foram realizadas utilizando 2 armadilhas luminosas<br/>tipo CDC por ponto de coleta. O tratamento dos dados baseou-se na estimativa das<br/>freqüências e abundância das espécies. As proporções de fêmeas de espécies<br/>comparadas através do Teste do Qui-quadrado e, na correlação entre espécimes<br/>num mesmo ponto de amostragem através do Coeficiente de Correlação de<br/>Spearman. de outubro de 2008 a setembro de 2010, coletaram-se 60.830<br/>flebotomíneos de 13 espécies. Sete espécies foram descritas pela primeira vez em<br/>Fortaleza, Lutzomyia quinquefer, Lutzomyia Sericea, Lutzomyia sordellii, Lutzomyia<br/>walkeri e Lutzomyia goiana, Lutzomyia cortelezzii e Lutzomyia shannoni.<br/>Predominaram Lutzomyia longipalpis (Lutz e Neiva, 1912) (57,8%); Lutzomyia<br/>migonei (França, 1920) (34,4%) e a Lutzomyia whitmani (Antunes e Coutinho, 1939)<br/>(5,1%); representando juntas 97,3% dos flebotomíneos coletados. Constatou-se que<br/>L. longipalpis e L. migonei apresentam ampla distribuição geográfica sendo<br/>registradas em todas localidades estudadas. Esses vetores estiveram presentes ao<br/>longo de todos os meses do ano, com maiores picos em fevereiro e março e, com<br/>maiores números de espécimes no período chuvoso. Ambos apresentaram menores<br/>frequencias no período da estiagem, entre os meses de julho e dezembro. A<br/>Lutzomyia whitmani apresentou seu maior pico e maior abundância na estação seca,<br/>entre os meses de julho a outubro. Diante dos casos de LV notificados no município,<br/>da abundância da L. longipalpis e L. migonei somados a outros fatores não<br/>estudados aqui, sugere-se fortemente a importância destes vetores no ciclo de<br/>transmissão de LV na região, além do risco de exposição da população local a<br/>doença. Tais prognósticos ratificam a necessidade de efetivação das propostas de<br/>controle vetorial, podendo subsidiar os órgãos de saude para a definição das áreas<br/>de risco de transmissão de LVA. Para tanto é necessidade de implantação de ações<br/>de vigilância epidemiológica e entomológica, visando medidas mais efetivas de<br/>controle e prevenção da doença.<br/>Palavras-chave: Flebotomineos, dinâmica populacional, leishmaniose visceral,<br/>Prevenção e controle.<br/>9 |