Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Costa, Pietra Lemos |
Orientador(a): |
Brandão Filho, Sinval Pinto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60908
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Resumo: |
As leishmanioses são doenças infecciosas, causadas por protozoários do gênero Leishmania, trasmistidos por insetos da família Phlebotominae (Diptera: Psychodidae). Em Pernambuco, a LV vem apresentando importante expansão geográfica. Passira registrou 06 casos de LV humana entre 2002 e 2007 e, 35 casos de LVC entre 2005 e 2009. Este estudo objetivou descrever o comportamento da fauna de flebotomíneos, com ênfase em Lutzomyia longipalpis, em área endêmica para leishmaniose visceral no município de Passira, Agreste de Pernambuco. Quatro localidades foram selecionadas para o estudo (Apara, Poço do Pau, Sítio Borba e Varjada de Cima). Utilizou-se armadilhas CDC, armadilha de Shannon e armadilha Disney modificada com isca animal (Galea spixii e Rattus rattus) para coletar os flebotomíneos em diferentes ecótopos. Dos flebotomíneos coletados alguns foram dissecados e o restante foi feito pools com 5 ou 10 exemplares para extração e detecção do parasito através do teste de PCR. Entre agosto/2009 a agosto/2010 foram capturados 24.226 flebotomíneos com armadilha CDC, em diferentes ecótopos. Destes, 23.716 exemplares são de Lutzomyia longipalpis. Ademais, foram realizadas capturas com Armadilha de Shannon, na qual se coletaram 373 espécimens de Lutzomyia longipalpis, sendo então dissecados 30 exemplares. Verificou-se que de todos os ecótopos trabalhados, o E1 referente ao galinheiro foi o que mais atraiu os flebotomíneos. Três animais (dois Galea spixii e um Rattus rattus) foram utilizados para captura de flebotomíneos com armadilha Disney modificada, sendo 228 espécimens coletados de Lutzomyia longipalpis. Adicionalmente, verificou-se a flutuação da populaçao de flebotomíneos com a variação climática na região, no qual se podem observar picos de flebotomíenos em períodos após a chuva, que correspondeu ao mês de fevereiro. Para detecção de L. infantum foram analisadas 628 pools de flebotomíneos, sendo 01 exemplar de Lutzomyia longipalpis apresentando positividade. 75% das amostras analisadas de roedores apresentaram positividade para L. infantum. Destas, 02 eram de baço, 02 de fígado e 01 de pele do Galea spixii e, 01 de baço do Rattus rattus. Diante dos casos de LV notificados no município, da abundância de Lutzomyia longipalpis nas quatro localidades estudadas, da detecção da infecção natural por L. infantum em flebotomíneo desta espécie e, em animais utilizados como isca animal, sugere-se fortemente a importância deste vetor no ciclo de transmissão de LV na região, além do risco de exposição da população local a doença e a necessidade de implantação de ações de vigilância epidemiológica e entomológica, visando medidas mais efetivas de controle e prevenção da doença . |